Confusão na avenida durante o desfile de Carnaval. O caso ocorreu em Vitória, capital do Espírito Santo, onde o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) foi agredido durante desfile de uma escola de samba.
Por volta das 3h deste domingo (23), em meio a uma confusão generalizada, o chefe do Executivo da Capital levou golpes no rosto e acabou se desequilibrando e caindo na avenida do samba.
A briga foi o final de uma sequência de acontecimentos que têm versões diferentes, de acordo com os envolvidos.
Pazolini disse que um militar (coronel Anechini) teria agredido uma funcionária do governo do Estado. Ele, então, teria tentado apartar. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o militar estaria armado.
O coronel Anechini tem uma versão diferente. Primeiro, nega que tenha agredido a mulher. Sobre estar armado, alega que estava em serviço e que havia se identificado e informado estar armado quando passou pela segurança do evento na entrada principal, quando chegou à área dos camarotes. Como membro da casa militar e as necessidades de segurança operacionais em ambientes onde está o governador do Estado, o coronel tinha trânsito livre em áreas restritas.
"Sou subsecretário da Casa Militar e, junto com outros profissionais, auxilio na segurança e no deslocamento do governador, principalmente nesses eventos grandes", explicou Anechini.
Ele acrescenta que, para realizar esse trabalho na sexta-feira (21) e no sábado (22), recebeu uma pulseira que permitia livre acesso a todas as áreas comuns do Sambão, exceto os camarotes. "Ao passar pelo corredor da imprensa, próximo à entrada do camarote do governo, onde eu iria entrar, tinha um segurança em pé, com uma barreira física incomum, e disse para mim que eu não iria passar. Expliquei para ele que estava com a pulseira de acesso livre e que poderia acessar ali para ir ao camarote."
Anechini afirma que tentou argumentar com o segurança. "Quando eu dei um passo e encostei nele, ele me agarrou e rasgou minha camisa. Eu não vi que tinha nenhuma segurança a mais ali, no local, porque eu conversava diretamente com esse homem. Nem sabia que tinha uma mulher ali".
O coronel relata que, na sequência, Pazolini veio em sua direção filmando com um celular. "Ele estava rindo, debochando. E eu falei com ele: 'cara, não precisa disso, você me conhece, eu te conheço. Isso não é necessário'. Quando ele se aproxima, vejo que não vai parar de debochar e nem de filmar, então tomo o celular dele".
Nas imagens, é possível ver o momento em que o prefeito discute com o coronel e aponta o celular para ele, parecendo estar gravando. O coronel Anechini, de camisa azul, consegue pegar o aparelho da mão de Pazolini. A partir daí, começa uma confusão generalizada. É nesse momento que uma mulher acaba acertando o rosto de Pazolini com um tecido. Ele se desequilibra e cai na pista.
Durante a confusão, o coronel é imobilizado com um golpe conhecido como mata-leão. Na sequência, em outras imagens gravadas pelo público, o militar aparece deixando o local.
O coronel Sérgio Luiz Anechini registrou queixa na delegacia e fez exame de corpo de delito, registrando as agressões que também sofreu na confusão.
Agora, caberá à polícia investigar a sequência de versões para apurar quem está com a razão.
Veja o vídeo:
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