A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi surpreendida ao receber, ainda em fevereiro, uma carta do senador norte-americano Shane David Jett (Republicanos), aliado próximo de Donald Trump. O parlamentar solicitou ao procurador-geral Paulo Gonet esclarecimentos sobre as ações do Ministério Público Federal diante de supostas ilegalidades relatadas por veículos da imprensa nacional e internacional. O pedido veio acompanhado de uma advertência: eventuais omissões poderiam motivar sanções por parte dos Estados Unidos.
A carta, inicialmente discreta, voltou a circular nos bastidores do Ministério Público esta semana, após Donald Trump intensificar suas críticas ao Judiciário brasileiro e anunciar a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A ofensiva de Washington, que até então parecia concentrada no ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agora pode atingir outras autoridades brasileiras — incluindo integrantes da PGR e da Polícia Federal — sob a alegação de que estariam “dando sustentação” às decisões do magistrado.
Fontes próximas à Casa Branca apontam que o escopo das sanções poderá ser ampliado já na primeira rodada de medidas.
Vai ter muita gente em Brasília perdendo o sono...
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