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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Jogo do Tigrinho: entenda como influenciadoras de Parnaíba lucraram mais de R$ 10 milhões

Cidade Verde Por Rayane Venancio e Felipe Cruz

Foto: Reprodução/Redes Sociais

As influenciadoras digitais de Parnaíba, Thaisa Costa, Tereza Iva e Emília Magalhães, são investigadas por divulgação de casas ilegais de aposta online (jogo do tigrinho), as três foram alvo da operação Laverna, deflagrada na anhã desta quinta-feira (11) que apontou que elas enganavam os seguidores com falsas perspectivas de ganhos financeiros. Conforme a investigação, os ganhos chegaram a mais de R$ 10 milhões, entre as três.

Cidadeverde.com busca contato com a defesa das influenciadoras para um posicionamento a respeito das investigações. O espaço segue aberto para manifestações.

Segundo o delegado Ayslan Magalhães, as influenciadoras promoviam essas plataformas e lucravam com as perdas financeiras dos próprios seguidores.

“Elas divulgavam nos stories, colocavam o link, e a partir do momento que os seguidores clicavam, investiam, jogavam e perdiam, 40% desse dinheiro era enviado às influenciadoras. Por esse motivo, elas são investigadas por estelionato, lavagem de dinheiro, crime contra as relações de consumo e contravenção penal por loteria não autorizada”, informou.

As investigações ocorreram entre janeiro de 2021 e julho do ano passado. Uma das influenciadoras afirmou que estaria sendo alvo de perseguição política por ter sido candidata a vereadora, mas, segundo a polícia, a investigação teve início antes do pleito e se baseia em provas concretas.

“As influenciadoras mentiam. As investigações mostraram que aquele valor que elas diziam ganhar com os jogos era mentira, era uma montagem”, afirmou.

Foto: Polícia Civil

Lucros milionários e lavagem de dinheiro

De acordo com a investigação, os ganhos das influenciadoras chegaram a R$ 10 milhões, em um período de um a dois anos. Os valores teriam sido usados em viagens internacionais e na compra de bens de alto valor, incompatíveis com a renda lícita das investigadas.

“Elas utilizavam esses valores em viagens internacionais, totalmente incompatíveis com a renda lícita delas. Inclusive, podem ser investigadas também por sonegação fiscal”, destacou.

Duas delas abriram empreendimentos na área de maquiagem, o que, segundo a polícia, foi uma forma de lavar dinheiro.

“Uma das formas de dar uma aparência limpa a esse dinheiro é convertê-lo através da abertura de empresas. Elas abriram essas lojas justamente para transformar esses ativos em algo lícito", detalhou.

A influenciadora Thaisa Costa, soma cerca de 594 mil seguidores, Tereza Iva, com aproximadamente 128 mil seguidores, e Emília Magalhães, que possui 93,2 mil seguidores. 

Segundo a polícia, a que movimentou mais dinheiro foi no valor de R$ 6 milhões, a outra R$ 3 milhões e a outra R$ 1 milhão.

Medidas cautelares

O inquérito foi construído ao longo de um ano e dois meses e resultou em diversas medidas cautelares, como:

  • Busca e apreensão nas residências das influenciadoras;
  • Sequestro de bens e valores;
  • Proibição de sair do estado do Piauí sem autorização policial;
  • Retenção dos passaportes.

Entre os bens apreendidos estão carros de luxo, bolsas de grife e sandálias avaliadas em mais de R$ 10 mil.

“Foram representadas também medidas de bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens. As influenciadoras foram notificadas, e caso descumpram as medidas, podem ter prisão preventiva decretada ou até a suspensão das suas contas no Instagram”, afirmou.

Foto: Polícia Civil

Outras investigações em andamento

As influenciadoras seguem com suas redes sociais ativas, mas estão proibidas de divulgar casas de apostas ou coagir vítimas a não registrarem boletins de ocorrência, o que configuraria crime de coação. O interrogatório das investigadas será feito após a análise completa dos bens apreendidos.

Outros influenciadores de Parnaíba e Teresina também devem ser intimados nos próximos dias para esclarecerem propostas que receberam de plataformas de apostas.

“Desde o início, essas plataformas informam aos influenciadores os valores que serão pagos, 40% da perda dos seguidores. Então todos sabem como funciona”, pontuou.

A polícia também identificou cerca de 90 empresas, com sede em outros estados, que entraram em contato com as investigadas. Entre elas, há empresas fantasmas com capital incompatível com os valores repassados.

“Existe empresa com capital de R$ 10 mil pagando R$ 1 milhão. Totalmente incompatível. Isso será alvo de outra investigação, que deve ocorrer em parceria com outros estados”, finalizou.

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