sexta-feira, 19 de abril de 2024
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TSE elege sucessor de Moraes em meio a críticas de Elon Musk Escolha de novo presidente do tribunal acontecerá em maio
Pleno.News - 19/04/2024 21h41 | atualizado em 19/04/2024 22h02
Presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá realizar, em maio, a eleição que escolherá o novo chefe da Corte. A ministra Cármen Lúcia, atual vice-presidente do TSE, deve assumir o posto. As informações são do Estadão.
O novo presidente será o responsável pela condução das eleições de outubro.
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O voto secreto dos magistrados será depositado em urna eletrônica. O nome escolhido presidirá o TSE por dois anos.
Moraes tomou posse do cargo em 16 de agosto de 2022. Agora, ele deixará o posto, em meio a críticas do bilionário sul-africano Elon Musk que, com base no Twitter Files Brasil, aponta censura no Brasil.
Vazamento de atos de Moraes nos EUA ‘usa o exterior para reforçar mensagem doméstica’, diz analista
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BRASÍLIA - A divulgação de decisões sigilosas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pela ala do partido Republicano na Comissão de Justiça da Câmara dos Estados Unidos (EUA) ocorreu sob o questionamento de qual seria a motivação de deputados norte-americanos ao desafiar uma instituição brasileira. O diretor da Eurasiagroup nas Américas, Christopher Garman, avalia que os republicanos enxergaram na disputa entre Moraes e o bilionário Elon Musk a oportunidade de transmitir aos eleitores conservadores a mensagem de que o Brasil sofre com censura judicial e que o mesmo ocorre nos EUA.
“É usar o exterior para reforçar uma mensagem doméstica”, resumiu Garman em conversa com o Estadão. “É a seguinte ideia: ‘Veja como os progressistas agem politicamente para encaminhar censura’”, explicou. “Isso está acontecendo nos Estados Unidos. É isso que eles estão dizendo”, completou.
As decisões vazadas vieram acompanhadas de um relatório elaborado pela ala republicana da Comissão de Justiça, cujo argumento principal é de que o caso “expõe a campanha de censura do Brasil e apresenta um estudo de caso surpreendente de como um governo pode justificar a censura em nome do combate ao chamado ‘discurso de ódio’ e à ‘subversão’ da ‘ordem’”.
Garman avalia que o ambiente político no Brasil é “muito semelhante” ao dos EUA, onde setores progressistas e conservadores enxergam seus adversários como ameaças à democracia. Se para os políticos brasileiros de esquerda o risco reside na possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados retornarem ao governo, para os grupos de direita “o vilão da democracia se encontra no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) restringindo a liberdade de expressão”.
“Dado o paralelo do que acontece nos Estados Unidos (e no Brasil), é útil para os deputados republicanos estarem com essa linha de argumentação e tem algum elo dos aliados de Bolsonaro com os conservadores do partido Republicano”, avaliou.
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O diretor da Eurasiagroup também considera a atuação dos deputados republicanos como a preparação de uma narrativa que será colocada à prova nas eleições presidenciais deste ano nos EUA. “Durante a campanha, os democratas vão colocar na mesa o argumento de que o Trump representa uma ameaça à democracia. O que os Republicanos vão fazer é dizer que não: ‘a ameaça à democracia são as medidas judiciais politicamente motivadas contra o Trump’”, afirmou.
“O Trump tem dito que a única coisa que impede ‘eles’ (juízes progressistas) de irem atrás de você sou eu e que a ameaça à democracia vem de um Estado progressista querendo inibir a liberdade de expressão”, explicou. “Quando você tem essa briga do Elon Musk com o Supremo é um gancho para (o partido Republicano) dizer que governos progressistas são a verdadeira ameaça à democracia”, completou.
Febre oropouche dispara no Brasil; entenda
Diagnóstico é considerado complexo por baixa disponibilidade de exames e também porque sintomas são similares aos de outros quadros comuns, como dengue
O número de casos de febre oropouche quadruplicou no Brasil. Enquanto em 2023 foram registrados 832 casos da doença, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou 3.354 apenas nas quinze primeiras semanas de 2024.
Do total deste ano, 2.538 dos casos são em residentes dos Amazonas, seguidos por Rondônia (574), Acre (108), Pará (29) e Roraima (18). Fora da região Norte, Bahia (31), Mato Grosso (11), São Paulo (7) e Rio de Janeiro (6) foram os Estados com maior número de registros da doença.
De acordo com o MS, a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos Estados da região amazônica, onde a febre é considerada endêmica, é o principal motivo por trás do aumento no número de casos.
A situação, contudo, é mais complexa. Enquanto locais da Amazônia têm maior disponibilidade de exames, há outras regiões do Brasil sem possibilidade de detecção, o que sugere que o número de casos de febre oropouche seja muito superior ao registrado.
Além disso, outro fator que colabora com a subnotificação é a semelhança entre os sintomas da oropouche com a dengue. Além de serem arboviroses – grupo de doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos –, os dois quadros costumam causar dor de cabeça, nos músculos e articulações, além de náusea e diarreia.
Na análise da infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Emy Gouveia, o ritmo atípico da febre oropouche, assim como de dengue, também pode ser associado ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, que resultam em temperaturas elevadas e chuvas irregulares, condições ideais para a reprodução dos mosquitos transmissores e, consequentemente, disseminação da doença.
O que é a febre oropouche?
Como o nome sugere, a febre oropouche é uma doença causada pelo vírus oropouche. Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse vírus foi detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos Estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
Como ocorre a transmissão?
Segundo Emy, a transmissão ocorre quando um mosquito pica primeiro uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, pica uma pessoa saudável, passando a doença para ela.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
“A diversidade de mosquitos envolvidos na transmissão do vírus é uma das preocupações mais sérias em relação ao aumento de casos no Brasil, especialmente em regiões além da Amazônia, uma vez que a disseminação pode ocorrer de maneira mais rápida, considerando que as pessoas também são hospedeiras”, afirma Emy.
Como diferenciar a febre oropouche da dengue?
Além da diferença entre os mosquitos vetores, que, no caso da dengue, é o Aedes aegypti, as doenças se diferenciam pela evolução do quadro clínico.
O paciente diagnosticado com dengue pode começar a sentir dores abdominais intensas e, no pior dos casos, pode apresentar hemorragias internas, o que não acontece na oropouche.
Uma característica específica da oropouche é a apresentação de ciclo bifásico. Geralmente, a pessoa tem febre e dores por alguns dias e eles desaparecem em seguida. Após uma semana, o quadro da doença retorna, até sumir novamente.
Segundo Emy, não há casos de mortalidade pela doença. Porém, uma outra característica marcante é que nos casos mais graves pode haver comprometimento do sistema nervoso central, com quadros como meningite asséptica e meningoencefalite, principalmente em pacientes imunocomprometidos.
Vale ressaltar também que, diferente da dengue, ainda não há imunizantes específicos para a febre oropouche.
Quais são os grupos de risco?
De acordo com a infectologista do Hospital Albert Einstein, os idosos e as crianças são os principais grupos de risco da febre oropouche.
No caso dos idosos, o perigo está relacionado à maior possibilidade de desidratação e presença de comorbidades. Já entre crianças, além da desidratação, a dificuldade de controlar a febre é o que amplia o risco de a doença evoluir para um quadro pior.
Como o diagnóstico é feito?
Atualmente, apenas um exame faz a identificação da doença: o RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta é feita por meio do sangue e o exame fica disponível nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens).
Existem também testes que dizem se a pessoa tem anticorpos da doença, e que revelam infecção recente, mas há poucos disponíveis em laboratórios.
“Geralmente, por causa da pouca disponibilidade de exames, eles ficam restritos às pessoas com sintomas típicos da fase aguda da doença ou que testaram negativo para dengue ou chicungunya. Além disso, quando o paciente não é da Amazônia, mas teve passagem pela região, a atenção é redobrada”, afirmou Emy.
Como é o tratamento?
De acordo com a especialista, ainda não há um medicamento específico para tratar a febre oropouche. Por isso, o tratamento é de suporte. Ou seja, costumam ser administradas medicações para dor, náuseas e febre, além da indicação de hidratação e repouso.
Outra diferença em relação à dengue é que a febre oropouche não possui contraindicação de medicamentos. Então, a administração de anti-inflamatórios é liberada. Mas, para isso, é essencial que exista uma diferenciação do quadro clínico, já que a administração de certos medicamentos durante a dengue pode agravar a situação do paciente, ocasionando inclusive quadros hemorrágicos.
Estadão
Idoso recebeu alta um dia antes de ser levado a banco, diz Érika Mulher, que alega ser sobrinha de Paulo Roberto Braga, deu declarações durante depoimento
Pleno.News - 18/04/2024 22h25 | atualizado em 19/04/2024 12h55
A mulher que levou um idoso morto a um banco no Rio de Janeiro para tentar pegar dinheiro, Érika de Souza Vieira Nunes disse que o homem recebeu alta hospitalar um dia antes de morrer. Ela expôs o fato durante depoimento. As informações são da CNN Brasil.
Érika diz que é sobrinha e cuidadora do idoso, que foi identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos. Ainda no depoimento, ela falou que há uma semana o idoso teve um mal-estar em casa e foi atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Bangu, na Zona Oeste da cidade.
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5 Motorista depõe e diz que idoso estava vivo no caminho até banco
Segundo ela, Paulo passou cerca de cinco dias internado para tratar uma pneumonia. Na última segunda-feira (15), o homem teria ficado sob os cuidados dela, que era também vizinha dele.
A mulher relatou ainda que Paulo teria dito que fez um empréstimo de R$ 17 mil no dia 25 de março e que o saque do valor estava pendente. De acordo com ela, o idoso “mostrou o desejo de retirar o dinheiro, pois queria comprar uma televisão e realizar uma reforma em sua residência”.
Também no depoimento, Érika disse que foi seguindo o suposto desejo de Paulo que, na terça-feira (16), procurou a agência bancária para fazer o saque do empréstimo. Ela alega que, apesar de debilitado, o homem estava consciente quando chegou ao banco.
A mulher ainda falou que, no local, percebeu que o idoso havia parado de respirar e tentou acordá-lo, mas sem sucesso. O que se viu na sequência, foram gravações e imagens dele já morto na agência bancária.
A Justiça manteve, nesta quinta-feira (18), a prisão de Érika. Ela foi presa em flagrante por dois crimes: furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Com a decisão, a mulher permanecerá presa aguardando julgamento, conforme informações do Estadão.
Nikolas solta o verbo sobre eleições de 2022: "Não há mais o que explicar"
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em declarações recentes em suas redes sociais, abordou a divulgação de documentos pela plataforma X, de Elon Musk, que indicariam interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) nas eleições de 2022.
Na quinta-feira (18), Musk afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria influenciado indevidamente no pleito eleitoral.
Nikolas retuitou esta declaração, acrescentando:
"No Brasil temos tanta liberdade, que quem concordar com ele vai ser investigado – e possivelmente preso."
Em outro momento, Nikolas intensificou suas críticas relacionadas às ações do ministro durante as eleições, comentando sobre as consequências enfrentadas por quem denunciou censura no processo eleitoral:
"Basicamente as pessoas que denunciaram a censura nas eleições [2022], foram… censurados. Não há mais o que explicar", expressou o deputado em um post subsequente.
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