IstoÉ Dinheiro
Pandemia, guerras, desastres naturais. Os últimos anos não têm sido fáceis no planeta Terra. E se a sensação é de que a economia não ia tão bem, um estudo do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) veio para comprovar com números. A dívida global, no primeiro trimestre de 2024, cresceu ao maior nível da história. O total chegou a US$ 315 trilhões, com o acréscimo de US$ 1,3 trilhão no período. A dívida dos mercados emergentes ultrapassou os US$ 105 trilhões no primeiro trimestre, com os maiores aumentos vindos da China, da Índia e do México. O IIF alerta que a resiliência atípica da inflação americana pode trazer à tona as tensões em torno da dívida pública nos países em desenvolvimento. Enquanto isso, nos mercados ditos maduros, a dívida aumentou mais rapidamente nos Estados Unidos e no Japão. No país oriental, inclusive, a fraqueza recente do iene deve prejudicar a dívida do país no segundo trimestre. Os programas de estímulo à economia na China e nos Estados Unidos também resultaram em endividamento público, com as empresas em ambos países captando mais dinheiro para suas políticas de expansão.
Termômetro
Aprovação do governo Lula encolhe
A avaliação do governo Lula, que completou 1 ano e 4 meses no cargo, recuou em maio, de acordo com os dados de uma pesquisa da consultoria MDA, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada na terça-feira (7). Segundo o levantamento, 37,4% dos entrevistados avaliam o governo Lula como bom ou ótimo. Por outro lado, a atual gestão federal é considerada ruim ou péssima por 30,5%. O percentual dos que classificam o governo como regular é de 30,6%. Em relação ao último levantamento, realizado em janeiro deste ano, o índice dos que avaliam positivamente o governo Lula recuou 5,3 pontos percentuais — era de 42,7%. O percentual dos que reprovam a gestão, por sua vez, aumentou 2,6 pontos percentuais (era de 27,9%).
Mercado Imobiliário
“Eu não tenho dúvidas que nasci para inovar. E faço isso com a mesma disposição que comecei, em 1954, meu negócio. Eu aprendi que eu não paro o tempo. Mas ele também não me para.”
Adolpho Lindenberg, fundador da Construtora Adolpho Lindenberg, em entrevista à ISTOÉ, em 2008
Engenheiro, escritor, líder católico, pai. Adolpho Lindenberg foi muitas coisas em seus 99 anos de vida, e todas elas foram feitas com o entusiasmo de quem está começando. Foi assim quando construiu o primeiro flat do Brasil, nos anos 1970, quando instalou uma solução de pagamento de imóveis que acompanhava o dólar, e não as voláteis moedas brasileiras nos anos 1980. Das mãos dele também saiu o primeiro prédio às margens da Marginal do Pinheiros, o primeiro edifício com piscina no terraço, a primeira obra em formato de leque no Brasil. Fez muito, viveu bem e, em 2 de maio, deixou a missão cumprida de ter elevado a qualidade da construção brasileira residencial.
US$ 59 trilhões
É estimativa de perdas econômicas derivadas de desastres naturais até 2049 segundo o estudo “Comprometimento Econômico das Mudanças Climáticas”, publicado na revista Nature no final de abril. O número representa perdas no PIB mundial na casa dos 19%
Internacional
Conhece aquela do chinês que foi à França?
Não é de hoje que as relações entre China e parte da Europa não são das melhores. Não à toa o presidente chinês, Xi Jinping, há cinco anos não fazia um tour diplomática pelo velho continente. Durante uma semana passará pela França, Bélgica e Sérvia, em um ato simbólico de abertura ao diálogo para relações comerciais. Em dois dias, o líder da China fez algumas declarações clichês.
Você saberia dizer quais?
1) Eu não iniciei o conflito [na Ucrânia] e nem sou parte dele
2) O conflito [da Ucrânia] vai se encerrar no momento apropriado
3) Eu tenho interesse em achar uma solução para crise global
4) Não vejo sentido em uma nova Guerra Fria
5) Não forneço, nem pretendo, fornecer armamento para a Rússia
6) A China busca paz para a crise mundial (respostas corretas? 1,2, 5,6)
Otimismo
Antecedente de emprego sobe em abril
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,7 ponto em abril, alcançando 80,2 pontos, o maior nível desde setembro de 2022, segundo a FGV. O índice antecipa tendências no mercado de trabalho e reflete um cenário positivo. Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, destacou em nota que as expectativas para a economia em 2024 podem estar impulsionando decisões empresariais, sugerindo um cenário favorável. “A melhora nas previsões da economia brasileira para o ano de 2024 pode influenciar as decisões dos empresários”, disse. Os destaques foram a Tendência dos Negócios da Indústria (+0,9 ponto), e Emprego Previsto de Serviços (+0,5 ponto).
Balanço
Dívida pública vai ao maior nível em dois anos
As contas do setor público consolidado apresentaram um superávit primário de R$ 1,2 bilhão em março deste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (6). Foi o primeiro saldo positivo desde janeiro. Ao mesmo tempo, a dívida pública subiu para 75,7% do PIB em março (R$ 8,34 trilhões). É o maior patamar em dois anos (veja mais abaixo). O superávit primário acontece quando as receitas com impostos ficam acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Em caso contrário, há déficit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. De acordo com o BC, o superávit de março das contas públicas foi assegurado pelo desempenho das contas dos estados e municípios, pois o governo federal ficou no vermelho no mês passado. O resultado é um alerta para o time da Fazenda, que terá que encontrar espaço para os gastos esperados com as chuvas no Rio Grande do Sul.
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