segunda-feira, 26 de agosto de 2024

“Pensei que era guerra”, diz brasileiro após tremor em Portugal; vídeo O jornalista brasileiro Pablo Oliveira acordou com os tremores e gritos. Famosos também relataram susto com o terremoto

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 atualizado 

Reprodução/ IPMA
Imagem colorida de mapa que mostra o tremor de terra em Portugal - Metrópoles

Na madrugada desta segunda-feira (26/8), Portugal registrou um terremoto de magnitude 5,3 na escala de Richter, o maior desde o fim dos anos 1960. Alguns brasileiros que moram no país europeu se assustaram com a situação.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o abalo foi percebido às 5h11, a 58 km a oeste da cidade de Sines e a uma profundidade de 10,7 km no mar da costa de Setúbal.

O jornalista Pablo Oliveira, que mora em Lisboa, contou que “deu para sentir [o terremoto], deu para sentir bem forte, mas foi muito rápido”.

“Quando caiu a minha luminária, eu falei: ‘Gente, que esquisito, uma tremedeira’. Eu ouvi alguns gritos de algumas pessoas. Pensei que era guerra, né? A primeira sensação que eu tive foi: ‘Puta merda, está tendo guerra em Portugal’. Foi a primeira sensação, mas foi muito rápido”, conta.

Pablo ficou com com medo de abrir a janela. “Na minha cabeça, eu não imaginei em momento nenhum que seria um terremoto, e eu achei de verdade que fosse alguma coisa de guerra”, revela o jornalista.

“O governo (de Portugal) acalmou todo mundo, informou que só foi um cismo e que ocorre, que é normal, e a gente recebeu uma notificação no celular. O telefone da gente recebeu pedindo para botar calçado, pedindo para se proteger. Isso a gente recebeu na hora. Todos os telemóveis receberam essa mensagem”, explicou Pablo.

Fenômeno estranho para brasileiros

A jornalista Milena Murno, que mora a 80 km de Lisboa, na cidade Caldas da Rainha, região oeste de Portugal, contou que estava dormindo quando os tremores começaram.

“O tremor foi por volta das 5h12 da manhã. Estava dormindo, acordei com um espelho do meu quarto que está encostado na parede batendo e fazendo um barulho forte. Senti a cama tremer, mas, como estava dormindo, não entendi bem o que era. Levantei e achei que era um vento a balançar o espelho. Chequei a janela. Estava fechada. Acendi a luz, e vi o lustre balançando forte. Imediatamente, imaginei ser um tremor”, destaca Milena.

Milena pegou o celular e viu a grande repercussão nas redes sociais sobre o terremoto.

“Nas redes sociais as pessoas começaram a falar do terremoto. Foi o maior desde 1969 e teve o epicentro em Portugal, mesmo. Para brasileiros, é uma sensação diferente e estranha. Não estamos acostumados a isso, mas hoje a vida segue normal em todo o país. Não houve pânico, ninguém saiu às ruas. Não chegou a este ponto, mas as pessoas estão um pouco mais preocupadas e atentas ao que pode acontecer. Este realmente pegou toda a população de surpresa”, contou a jornalista.

Apresentadores da CNN Portugal estavam ao vivo quando sentiram os tremores.

Por meio das redes sociais, a atriz Luana Piovani, que mora em Portugal, contou que estava dormindo quando o tremor aconteceu.

“Hoje, tremeu a terra aqui em Portugal. Eu acordei de madrugada, e eu pensei nisso, mas voltei a dormir. Agora de manhã só se fala nisso, e parece que foi um abalo sísmico bem forte. Já senti quando morava no Japão, mas nunca mais tinha sentido. É uma sensação bem maluca, porque você sente que tem alguma coisa acontecendo, mas leva um tempo para entender”, detalhou a atriz.

Veja vídeo do tremor

ANIVERSARIANTE DO DIA.

Hoje o meu amigo César ( pintor) comemora mais um ano de vida, pedimos a DEUS que lhe proteja e abençoe juntamente com seus familiares.

Parabéns!!!

Plantações de cana-de-açúcar são arrasadas por incêndios em SP, causando prejuízo de R$ 350 milhões”

Os incêndios no interior do estado de São Paulo continuam a causar grandes prejuízos aos produtores de cana-de-açúcar. Somente nos últimos dias, as chamas destruíram aproximadamente 60 mil hectares de lavouras, gerando um prejuízo estimado em R$ 350 milhões para os agricultores.


De acordo com a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), o fogo atingiu tanto áreas prontas para colheita quanto áreas de rebrota de cana. Os incêndios foram particularmente intensos entre os dias 23 e 24 de agosto, com mais de 2 mil focos registrados em várias regiões do estado.

Impacto dos incêndios nas lavouras de cana-de-açúcar

Os incêndios, que começaram na região de São José do Rio Preto, rapidamente se espalharam por cidades como Olímpia, Piracicaba e atingiram a macrorregião de Ribeirão Preto. Municípios como Sertãozinho, Barretos, Bebedouro e Batatais também relataram grandes áreas devastadas pelo fogo.

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A situação se tornou ainda mais grave em áreas urbanas. Em Ribeirão Preto, por exemplo, moradores do condomínio Alphaville 3 tiveram que deixar suas casas devido à proximidade do fogo com os muros do residencial. Empresas do setor sucroenergético, como a Raízen, relataram focos de incêndio em suas áreas de produção e propriedades de fornecedores.

Como os incêndios estão afetando a economia local?

A devastação causada pelos incêndios não afeta apenas os agricultores, mas toda a cadeia produtiva local. A Orplana destacou que os produtores rurais e as usinas não são responsáveis pelas queimadas, que além de gerar prejuízos financeiros, comprometem atividades complementares como a produção de etanol de segunda geração.


No passado, a queima de cana era uma prática comum na região de Ribeirão Preto, mas essa atividade foi drasticamente reduzida após a assinatura do protocolo agroambiental em 2007. Mesmo assim, incêndios criminosos ainda ocorrem, e nos últimos dias, duas pessoas foram presas sob suspeita de iniciar focos de incêndio em São José do Rio Preto e Batatais.

Recompensa por informações sobre incêndios criminosos

O Grupo Moreno, preocupado com os incêndios criminosos, ofereceu uma recompensa de R$ 30 mil por informações que levem à prisão dos responsáveis pelos incêndios. Essa medida reflete a gravidade da situação e o impacto financeiro que essas práticas ilegais causam aos produtores.

  • São José do Rio Preto: Início dos incêndios.
  • Olímpia e Piracicaba: Regiões afetadas subsequentes.
  • Muncípios da macrorregião Ribeirão Preto: Sertãozinho, Barretos, Bebedouro e Batatais também foram atingidos.

Esse incentivo financeiro é um esforço para acelerar a captura dos responsáveis e reduzir futuros danos. Além disso, a Orplana emitiu um comunicado repudiando os incêndios e reforçando que tais práticas são criminosas e não desejadas pelos produtores rurais.

O prejuízo, porém, não é só financeiro. Há também um grande impacto ambiental e social, com pessoas desabrigadas e animais feridos ou mortos. As equipes de bombeiros continuam seu trabalho incansável para conter as chamas e minimizar os danos.

De que maneira podemos prevenir futuros incêndios?


A prevenção de incêndios em lavouras de cana-de-açúcar inclui diversas estratégias que vão desde ações educativas até o reforço das medidas de segurança nas áreas de cultivo. Algumas práticas preventivas incluem:

  1. Monitoramento contínuo: Utilização de tecnologias de monitoramento para identificar focos de incêndio rapidamente.
  2. Educação ambiental: Cursos e workshops para conscientizar a população e os produtores sobre os riscos e a prevenção de queimadas.
  3. Punições severas: Implementação de punições rigorosas para aqueles que forem identificados como causadores de incêndios criminosos.
  4. Partnerships: Colaboração entre governo, empresas e ONGs para implementar medidas de prevenção e combate a incêndios.

Essas estratégias podem ajudar a reduzir significativamente o número de incêndios e seus impactos devastadores nas lavouras e na economia local. Continuaremos acompanhando a situação e trazendo atualizações sobre as medidas adotadas e os avanços na prevenção de novos incêndios.

Bolsonaro se manifesta sobre decisão que derrubou as redes sociais de Pablo Marçal

JCO


Bolsonaro criticou a medida de censura, afirmando que não concorda com essa prática “independente de quem tenha a rede censurada”.

Ele ressaltou que a liberdade de expressão deve ser defendida e alertou sobre o perigo de se tornar uma prática recorrente.

"Daqui a pouco estamos todo mundo aí censurado. Só quero deixar bem claro, independente de quem seja, não concordo com censura, tá ok? (…) 
Todos precisam ser cobrados sempre", declarou o ex-presidente.

Elon Musk se pronuncia sobre prisão de fundador do Telegram Dono da rede X indagou se Europa vai punir pessoas por "curtir um meme"

Pleno.News - 25/08/2024 15h27

Elon Musk Foto: Reprodução/YouTube TED

O empresário e dono da rede social X, Elon Musk, se pronunciou neste sábado (24) sobre a prisão do fundador do serviço de mensagens Telegram, Pavel Durov, que foi detido na França sob a acusação de que a plataforma estaria sendo cúmplice de “tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes” pela ausência de moderação e ferramentas oferecidas.

Na publicação feita em seu perfil no X também neste sábado, Musk compartilhou uma notícia sobre a detenção de Durov e indagou se pessoas serão executadas na Europa por “curtir um meme”.

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– POV [ponto de vista, na sigla em inglês]: Estamos em 2030 na Europa e você está sendo executado por curtir um meme – escreveu.

Postagem de Elon Musk sobre Pavel Durov Foto: Reprodução/X Elon Musk

Em outra publicação, Musk escreveu “20 anos…” em resposta a uma postagem do investidor Mario Nawfal, que indicou que esse é o tempo de prisão que o criador do Telegram pode enfrentar por conta das acusações das quais é alvo na França.

SOBRE A PRISÃO DE DUROV
Pavel Durov foi detido neste sábado no aeroporto de Le Bourget, próximo à Paris, na França, informou a imprensa local. Um mandado de busca foi emitido por investigadores franceses com base em investigação preliminar relacionada a várias infrações cometidas por meio da plataforma de mensagens.

As informações sobre a prisão foram divulgadas em reportagens dos veículos de comunicação Le Monde, AFP e TF1. O Escritório de Combate à Violência contra Menores (Ofmin, na sigla em francês), emitiu um mandado de busca contra Durov com a acusação de não colaborar com os investigadores contra o uso criminoso da plataforma por seus usuários.

A Justiça considerou que a ausência de moderação, a falta de cooperação com as forças de segurança e as ferramentas oferecidas pelo Telegram o tornam cúmplice de fraude, tráfico de drogas, crime organizado, apologia ao terrorismo e crimes contra crianças.

Durov, franco-russo de 39 anos, estava acompanhado por seu guarda-costas e sua assistente quando desembarcou do seu jato particular após viajar do Azerbaijão à França. Ele planejava passar pelo menos uma noite em Paris. O bilionário foi detido entre 19h30 e 20h do horário local.

O mandado de busca ficaria ativo apenas se Durov estivesse em território francês, segundo reportagem do canal TF1. Investigadores do Escritório Nacional Antifraude (ONAF, na sigla em francês), vinculado às alfândegas, colocaram Durov sob custódia. Ele deve sofrer uma possível acusação neste domingo (25) por uma série de crimes.

*Com informações AE

domingo, 25 de agosto de 2024

Tagliaferro deixa escapar “abuso” de Moraes

 JCO

Tagliaferro, que foi citado em quase todas reportagens da Folha de S.Paulo sobre as conversas vazadas, confirmou que algumas das denúncias feitas ao tribunal partiam diretamente do ministro Alexandre de Moraes, responsável por coordenar as investigações durante as eleições de 2022.

Tagliaferro, atualmente investigado pela Polícia Federal, afirmou que as ordens que recebia no TSE vinham frequentemente de Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes, e que agia sob instruções urgentes.

"As ordens vinham diretamente de Airton Vieira. Jamais tratei com Alexandre de Moraes. Pessoalmente, conversei com o ministro três ou quatro vezes na minha vida", relatou.

O ex-assessor também denunciou a forma como foi tratado após a apreensão de seu celular, que ele acredita ter sido o ponto de origem do vazamento das mensagens.

O aparelho foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo após sua prisão por uma acusação de violência doméstica, que Tagliaferro nega veementemente. Ele sugere que os dados podem ter sido comprometidos durante o tempo em que o telefone esteve em posse das autoridades.

"Fui conduzido sem mandado. Levado para uma delegacia de Franco da Rocha, e não de Caieiras, onde corria meu processo. Chegando lá, o delegado virou e disse: 'Poxa, está todo mundo atrás desse telefone. O ministro [Alexandre de Moraes] ligou de Brasília pedindo o telefone'", detalhou Tagliaferro, levantando suspeitas sobre a manipulação dos dados contidos no aparelho.

Além disso, Tagliaferro expressou preocupação com o isolamento que sofreu após sua exoneração e o temor de possíveis retaliações. "Estou sendo perseguido", afirmou, enfatizando que foi deixado sozinho após o início das investigações e que perdeu contato com os colegas do TSE.

"Estou seguro da minha inocência. Na verdade, não estou como investigado; estou como testemunha. Estou despreocupado. Não fiz nada. Estou preocupado apenas com uma possível retaliação."

Tagliaferro também descreveu sua participação no núcleo de inteligência do TSE, que estava encarregado de monitorar e relatar atividades suspeitas nas redes sociais.

Ele admitiu que, embora tivesse dúvidas sobre alguns procedimentos, não questionava as ordens que lhe eram dadas. Espanta a frieza com que afirma em sua entrevista que como funcionário era “obrigado” a cumprir ordens.

Em outro momento, que revela uma assustadora falta de senso de proporção, ele chega a comparar os relatórios ilegais que fazia para colocar pessoas inocentes na mira de Moraes com um cozinheiro colocando um ingrediente errado em uma feijoada a mando do patrão.

Eduardo também revelou que não fazia isso por dinheiro, pois sua maior fonte de renda viria de outros negócios.

Ele também deixou claro mais um abuso de Alexandre de Moraes, já que o próprio ministro seria a origem de diversas denúncias.

"O trabalho era muito rápido. O relatório, de minha parte, era oficial. Se havia mensagens de ódio, informava. Havia denúncias anônimas, mas também houve denúncias que vinham do próprio ministro", revelou.

As declarações de Tagliaferro trazem à tona novas evidências sobre a conduta ilegal de Moraes e a forma como as investigações no TSE foram conduzidas por ele. Ficam claras a imparcialidade e a ilegalidade de diversos procedimentos adotados na época.

da Redação

Ex-assessor de Moraes concede nova entrevista e revela coisas ainda mais assombrosas

Desta vez, Tagliaferro conversou com o Estadão.

Leia a reportagem na íntegra:

Ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde chefiou o serviço de combate à desinformação nas eleições de 2022, o perito computacional Eduardo Tagliaferro foi o pivô do pedido de investigação aberto sobre o vazamento de mensagens de auxiliares do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em entrevista por e-mail ao Estadão, ele afirma que teme ser preso. Por ordem do ministro, o perito teve o celular apreendido na última quinta, 22, quando prestou depoimento à Polícia Federal e negou envolvimento na divulgação das conversas.

“Não faz sentido algum atrapalhar as investigações. Tenho interesse que os responsáveis pelo vazamento do meu telefone e a sua consequente inutilização sejam identificados e responsabilizados. Mas, apesar disso tudo, tenho medo sim”, admite.

Eduardo Tagliaferro conta que, no período em que trabalhou no TSE, entre agosto de 2022 e maio de 2023, produziu inúmeros relatórios a pedido do gabinete de Moraes e que a maioria envolvia nomes ligados à direita. A orientação do ministro, afirma, era “cumprir as suas ordens com celeridade e conteúdo robusto”.

“Não existia alternativa de dizer não ou deixar de fazer o que era mandado.”

A reportagem tentou falar com o ministro Alexandre de Moraes, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.

O celular do perito ficou seis dias em posse da Polícia Civil de São Paulo, em maio de 2023, quando ele foi preso em flagrante em uma ocorrência de violência doméstica. Os investigadores buscam descobrir se alguém acessou o telefone no período.

O boletim de ocorrência afirma que o celular foi “devidamente desligado nesta delegacia, isto visando preservar seu conteúdo”. Em seguida, o ofício informa o número do lacre usado para guardar o aparelho.

O lacre só pode ser rompido por pessoas autorizadas. É uma garantia de que o material ou objeto apreendido não foi manipulado nem substituído. Ocorre que, segundo o perito, o celular foi entregue, no dia 15 de maio de 2023, “sem respeito ao procedimento de deslacre”, ou seja, sem a garantia de que ficou indevassável. “Me parece bastante lógico que alguém manipulou o aparelho durante os seis dias”, afirma o perito ao Estadão.

Não se sabe ao certo o destino do celular. O perito alega que, ao receber de volta o telefone, percebeu que o aparelho estava travando e que apresentava problemas na bateria e, por isso, foi inutilizado e descartado no lixo. “O telefone foi diagnosticado com placa lógica danificada. O custo de reparo foi impeditivo em um raciocínio custo-benefício.”

Policiais civis ouvidos reservadamente pela reportagem - porque não estão autorizados a se manifestar sobre o caso - afirmam que o vazamento de mensagens do celular de Tagliaferro não ocorreu na Polícia de São Paulo. Os agentes também rebateram a versão de que um delegado da Seccional de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, teria ordenado a entrega do telefone para que fosse enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, como afirma o perito.

Leia a entrevista na íntegra:

Quem o senhor acredita que pode ter vazado as mensagens?

Posso afirmar que não tenho relação alguma com as informações retiradas de meu aparelho que ficou ilegalmente apreendido por seis dias. Caberá a investigação apurar e reconhecer a minha inocência. Espero que os responsáveis por mexer em meu celular sejam responsabilizados.

O senhor acha que tem como reunir provas de que não vazou as conversas, dado o tempo que passou desde a ocorrência?

A absoluta estranheza desde a apreensão em uma delegacia completamente diversa dos fatos inicias, sua forma desvinculada a qualquer decisão judicial, sua devolução sem respeito ao procedimento de deslacre na minha presença, uma certidão que demonstra que o conteúdo foi acessado e o fato de estar corrompido e impedir a migração dele para o aparelho novo não são mais do que suficientes? Me parece bastante lógico que alguém manipulou o aparelho durante os seis dias.

Por que jogou o celular fora?

Quando verifiquei que estava com problemas, que não existiam até a apreensão, levei para uma assistência técnica. O telefone foi diagnosticado com placa lógica danificada. O custo de reparo foi impeditivo em um raciocínio custo-benefício, ainda mais considerando que já havia adquirido um novo aparelho, mais moderno inclusive.

O ministro Alexandre de Moraes falou diretamente com o senhor? Sobre alguma demanda específica? O senhor se reunia com ele?

Estive com ele em situações institucionais. Ele é muito reservado e meu cargo não dava alçada para procurá-lo diretamente. Nossa comunicação era feita por meio de outras pessoas diretamente ligadas a ele e que me repassavam as demandas pessoais e institucionais do ministro.

O senhor considera que houve pedidos indevidos do gabinete do ministro?

Não sou técnico para responder essa questão. Estava no TSE, as eleições foram um loucura. A carga de trabalho absurda e havia uma chuva de demandas vindas de muitas pessoas. Muitas vezes tinha a sensação de que alguns pedidos não eram ligados às eleições ou com questões do TSE sim. Questionei meus superiores e me foi explicado que estava tudo certo, não havia problema nenhum e que era para seguir apenas fazendo o meu trabalho. Não questionei e busquei fazer o meu melhor, sem maiores ponderações.

Espero que eles realmente estejam certos e não cometido nenhuma ilegalidade sendo induzido a erro. Se, eventualmente fiz algo errado, espero ter a oportunidade de me desculpar. Nunca quis prejudicar ninguém e apenas executei o meu trabalho orientado por eles.

Sua exoneração o indignou? O ministro errou?

Não vejo relação com o ocorrido na minha casa com meu trabalho. De toda forma, acredito que a mesma pessoa que me nomeou pode me exonerar. Era um cargo de confiança e não concursado.

Como o senhor conheceu o ministro?

Sou conhecido pelo meu trabalho junto ao Judiciário. Meu trabalho foi indicado por outros membros do Judiciário.

O senhor se sentia pressionado?

Como falei era uma chuva de demandas. Pessoas poderosas, midiáticas. Claro que isso me deixava apreensivo, mas dado que eram ordem do ministro e, como respeito muito ele, fazia o melhor para atender totalmente a demanda.

Qual era a orientação do ministro?

Cumprir as suas ordens com celeridade e conteúdo robusto. Não existia alternativa de dizer não ou deixar de fazer o que era mandado. Várias vezes trabalhávamos de fim de semana, precisávamos voltar em emergência para trabalho presencial em Brasília.

Se reunia com os juízes auxiliares do ministro? O que eles queriam?

Sim. Queriam cumprir as determinações do ministro. Eles também eram muito pressionados.

Quantos relatórios o senhor produziu?

Inúmeros. Não consigo nem precisar.

Havia um direcionamento de suas pesquisas sobre bolsonaristas?

Posso afirmar que a direita foi mais investigada sim. Poucas e raras as pessoas de esquerda para quem recebi demandas de investigações. Isso é estatístico. Basta olhar meus relatórios e a quantidade de perfis e contas que bloqueamos no curso das eleições.

O senhor está com medo? Por quê?

Tenho alguns receios sim. Considerando a explicação do meu advogado, Dr Eduardo Kuntz, esse inquérito nem deveria existir da forma como foi feito. Ele me explicou que o Regimento Interno do STF prevê que inquéritos devem ser iniciados apenas pelo ministro-presidente, que deveria ter passado pelo cartório distribuidor e ser sorteado. Na visão dele, ao ministro Alexandre fazer ele mesmo a abertura, e me colocar em uma situação de desconfiança, pode ter como consequência até mesmo uma determinação de prisão. Seria muito constrangedor porque não fiz nada de errado. Espero sinceramente que isso não aconteça.

Por que não quis entregar espontaneamente o seu celular no depoimento à PF na quinta-feira?

Veja, eu permiti que o Dr Peixe, delegado, tivesse acesso total e irrestrito. Quando ele disse que queria ficar com meu telefone o Dr Kuntz interferiu e disse que em hipótese alguma permitiria isso. Estávamos diante de um caso que foi iniciado justamente por conta de uma apreensão ilegal, sem ordem judicial e ele não permitiria isso. Ele fez questão de que fizesse contar em meu depoimento que o telefone poderia sim ser entregue, mas mediante ordem judicial expressa. Fomos intimados para prestar esclarecimentos e não para entregar documentos ou arquivos eletrônicos. Ficamos das 9h às 18h na delegacia. Claramente fomos “enrolados” para que fosse possível chegar a ordem judicial com base no pedido de outra delegada que nem estava acompanhando a oitiva.

No depoimento, o senhor disse que deixou o celular com seu compadre para alguma eventualidade, como pagar contas da família, porque tinha aplicativos bancários instalados. Afirmou ainda que tirou a senha do aparelho porque o Celso, seu compadre, não tinha onde anotar nada naquela situação. Mas esses aplicativos de banco também não exigem senha?

Sim, mas estas senhas a minha esposa possuía. A ideia era ele levar para ela. Tanto é que no primeiro momento foi abordado na minha casa e depois conduzido de viatura para a delegacia.

O senhor é perito computacional. Por que levou o celular para um técnico analisar antes de jogar fora? O senhor não poderia ter feito isso?

Minha especialização é perícia, análise de dados. As falhas que estavam sendo apresentadas eram técnicas relacionadas ao funcionamento do aparelho.É como se eu fosse um motorista de carro e precisasse de um mecânico. Sei dirigir mas não sei consertar.

Teme que possa ser preso?

Como falei, o Dr Kuntz tem essa preocupação. Ele defende outras pessoas em casos conduzidos pelo ministro Alexandre e alguns de seus clientes já passaram um temporada presos, mesmo sem a concordância da Procuradoria-Geral da República. Caso isso aconteça, na visão dele, seria mais uma oportunidade em que, infelizmente, o ministro demonstraria que se afasta ao respeito das leis e da história de compromisso do Supremo com as garantias constitucionais.

Compareci quando fui chamado, dei todos os esclarecimentos, tenho residência fixa, trabalho com perícias para diversos tribunais do País, não faz sentido algum atrapalhar as investigações. Tenho interesse que os responsáveis pelo vazamento do meu telefone e a sua consequente inutilização sejam identificados e responsabilizados. Mas, apesar disso tudo, tenho medo sim.

Todo esse caso mostra que a perseguição contra o ex-presidente Bolsonaro e aliados é cruel! Além de suas liberdades terem sido surrupiadas, eles correram riscos enormes durante o ano de 2022. Isso foi documentado no livro "O Fantasma do Alvorada - A Volta à Cena do Crime"um best seller no Brasil.

O livro, que na verdade é um "documento", já se transformou em um arquivo histórico, devido ao seu corajoso conteúdo. São descritas todas as manobras do "sistema" para trazer o ex-presidiário Lula de volta ao poder, os acontecimentos que desencadearam na perseguição contra Bolsonaro e todas as 'tramoias' da esquerda. Eleição, prisões, mídia, censura, perseguição, manipulação e muito mais... Está tudo documentado. Obviamente, esse livro está na "mira" da censura e não se sabe até quando estará a disposição do povo brasileiro... Não perca tempo. Caso tenha interesse, clique no link abaixo para adquirir essa obra:

R$ 360 milhões: joia do Vasco renova contrato com multa milionária

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