quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Nunes Marques decide enviar pedido de desbloqueio do X ao plenário do STF

Nesta quinta-feira (5), o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu encaminhar ao plenário da Corte as ações que questionam a suspensão da plataforma X no Brasil, bem como a multa estipulada para quem tentar driblar o bloqueio. Essa decisão envolve pedidos de informações adicionais à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR), com um prazo de cinco dias para resposta.

Os processos, movidos pelo partido Novo e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), questionam a medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão da plataforma X na última sexta-feira, dia 30. A ação foi confirmada pela primeira turma do STF na segunda-feira, dia 2.

Impacto da Suspensão da Plataforma X


De acordo com o ministro Nunes Marques, o tema apresenta relevância considerável para a ordem pública e social, o que justifica sua análise pelo plenário do STF. Ele ressaltou a importância dos tribunais constitucionais protegerem a harmonia das relações jurídico-institucionais, cumprindo a missão de preservar o Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal.

As ações submetidas ao STF questionam a legalidade da suspensão e a proporcionalidade da multa imposta a quem utilizar métodos como VPN para acessar a plataforma X.

Quais São os Argumentos das Ações?


O partido Novo argumenta que a suspensão infringe direitos fundamentais, tais como:

  • Liberdade de expressão
  • Devido processo legal
  • Proporcionalidade

A OAB, representada por seu presidente Beto Simonetti e outros dirigentes, contesta a multa imposta, alegando que esta cria novos ilícitos civis e penais sem passar pelo devido processo legislativo, não respeitando as garantias processuais.

Por Que a OAB Questiona as Multas?

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A OAB argumenta que a multa de R$ 50 mil é excessiva e carece de fundamentação jurídica sólida. A entidade também apontou que a decisão menciona possíveis outras sanções civis e criminais, o que traz um escopo punitivo ampliado e sem a clareza necessária.

O Retorno do X ao Brasil é Possível?

A decisão de Nunes Marques de submeter as ações ao Plenário do STF indica um aprofundamento no debate sobre o futuro da plataforma X no Brasil. Com os onze ministros participando da análise, espera-se uma decisão detalhada e bem fundamentada, que leve em conta todos os aspectos legais e sociais

Enquanto a situação não se resolve, a suspensão do X continua em vigor, e tanto os usuários quanto as entidades envolvidas aguardam o desfecho desse importante julgamento, que pode influenciar de maneira significativa o cenário digital e jurídico do país.

Musk começa a agir e decisão de Moraes pode resultar em problema diplomático entre Brasil e EUA

JCO

As duas decisões foram tomadas na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a primeira foi ratificada pela Primeira Turma da corte nesta segunda-feira.

A Starlink recorreu no STF contra a decisão dos bloqueios, que Moraes tomou para obrigar Musk a pagar as multas impostas ao X por não cumprir ordens de retirada de perfis e conteúdos, consideradas ilegais pelo dono da plataforma.

A SpaceX e o X são duas empresas completamente diferentes, com acionistas diferentes.

O próprio Musk disse o seguinte:

“Eu possuo cerca de 40% da SpaceX, então essa ação absolutamente ilegal do ditador Alexandre de Moraes pune indevidamente outros acionistas e o povo do Brasil”.

Incêndio se espalha rapidamente e assusta alunos de faculdade. Vídeo O Corpo de Bombeiros estão no local para controlar o fogo próximo à faculdade em Goiânia (GO). A causa do incêndio ainda não foi confirmada

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 atualizado 

Reprodução
Incêndio em Goiânia

Um incêndio tomou grandes proporções e atingiu as margens da BR-153, em Goiânia (GO), na noite desta quarta-feira (4/9).

As chamas atingiram área de vegetação próximo ao estacionamento da Universidade Paulista (Unip) e da Faculdade Sul-americana (Fasam). Assustados, alunos e funcionários foram orientados a tirarem os veículos o mais rápido possível.

As chamas começaram por volta das 19h30 e se espalharam rapidamente, provocando uma grande nuvem de fumaça.

Equipes do Corpo de Bombeiros estão no local para controlar o incêndio. Até o momento, não há registro de vítimas. A causa do fogo ainda não foi confirmada.

Veja o vídeo:

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Musk insiste em atacar Moraes no X: “Tirano” e “vergonha” para juízes Elon Musk voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e classificou o ministro como “tirano” e uma “vergonha” para a classe

metrópoles 

 atualizado 

Getty Images / Arte Metrópoles
Elon Musk e Alexandre de Moraes

O bilionário Elon Musk segue alimentando a briga com Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma publicação no X desta terça-feira (3/9), o empresário chamou o ministro brasileiro de “tirano maligno” e afirmou que o magistrado é uma vergonha para a classe dos juízes.

Por conta da decisão de Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão do X no Brasil na última sexta-feira (30/8), o Metrópoles teve acesso as últimas publicações de Elon Musk na plataforma por meio de uma fonte no exterior.

“O tirano maligno é uma vergonha para as vestes dos juízes”, escreveu Musk em resposta a uma publicação onde um perfil no X afirma que um pedido de impeachment contra Moraes foi assinado por 146 deputados brasileiros.

Reprodução/XCaptura de tela mostra publicação de Elon Musk no X - Metrópoles

A publicação comentada pelo bilionário sul-africano não trouxe maiores informações sobre o possível pedido de impeachment contra o ministro do STF.

Contudo, um levantamento recente do Metrópoles aponta que Alexandre de Moraes é recordista em pedidos em tramitação no Senado Federal – que ainda não foram arquivados.

Até o fim de agosto, 22 pedidos de impeachment contra Moraes tramitavam na casa. Ainda existe a expectativa de que um 23º seja protocolado no próximo dia 9 de setembro, após coleta de assinaturas públicas.

URGENTE: Atirador invade escola, mata quatro e fere mais de 30

 JCO

Uma escola de ensino médio localizada no estado da Georgia, Estados Unidos, foi palco de um trágico tiroteio nesta quarta-feira (4).

O fato ocorreu na Apalachee High School, situada no condado de Barrow, na cidade de Winder, nas proximidades de Atlanta, capital do estado.

De acordo com a emissora NBC, duas pessoas morreram e outras quatro ficaram feridas após os disparos. Já a CNN Internacional relatou que o número de vítimas fatais chegou a quatro, com cerca de 30 pessoas feridas no total.

Durante coletiva de imprensa, o chefe da polícia local, Jud Smith, confirmou que houve feridos, mas não especificou o número de vítimas, tampouco se houve mortes. Ele prometeu mais detalhes ao longo do dia.

Conforme nota divulgada pelas autoridades, a polícia foi notificada sobre os tiros por volta das 10h23 no horário local (11h23 no horário de Brasília). Um grande contingente de policiais foi enviado ao local, e um suspeito foi detido.

"Aproximadamente às 10h23, policiais de diferentes departamentos e equipes de emergência chegaram à escola após relatos de disparos", informa o comunicado emitido pelo gabinete do xerife local.

Logo após a evacuação dos alunos, eles foram levados para o campo de futebol da instituição. Imagens aéreas da emissora "WJCL" mostraram intensa movimentação de viaturas e ambulâncias na área. Veja as imagens abaixo:

O jornal "Athens Banner-Herald" informou que a escola enviou uma mensagem de alerta aos pais às 10h45 no horário local (11h45 no horário de Brasília):

“Apalachee High School está em lockdown devido a relatos de disparos. A polícia já está no local. Pedimos que não venham à escola neste momento, pois as autoridades estão trabalhando para assegurar a área."

Merrick Garland, procurador-geral dos EUA, afirmou que o FBI e o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos já estão na escola para investigar. Ele garantiu que o Departamento de Justiça está preparado para prestar apoio e recursos nas próximas fases da investigação.

Pânico durante tiroteio

Como medida de segurança, todas as escolas do condado foram fechadas temporariamente.

Às 12h (13h no horário de Brasília), um porta-voz da polícia informou que a situação estava controlada e que os alunos estavam sendo liberados.

O escritório do FBI em Atlanta confirmou que agentes foram enviados para auxiliar as autoridades locais, de acordo com a porta-voz Jenna Sellitto.

A Casa Branca divulgou que o presidente Joe Biden já foi informado sobre o ataque.

Sergio Caldera, de 17 anos, relatou à ABC News que estava na aula de química quando os tiros começaram a ser ouvidos:

"Minha professora abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Outra professora veio correndo e falou para ela fechar a porta porque havia um atirador."

Caldera acrescentou que a professora trancou a sala, e todos os alunos se abrigaram no fundo enquanto escutavam gritos vindos do corredor. Em um momento de tensão, alguém bateu na porta exigindo que a abrissem. Após as batidas cessarem, Caldera ouviu mais disparos e gritos ao longe.


Trecho de julgamento de Bolsonaro circula sem contexto; ação não impacta inelegibilidade

 Estadão

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O que estão compartilhando: que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria revertido o processo de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e que ele estaria apto a disputar as eleições em 2026.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Vídeo que circula nas redes fora de contexto mostra trecho do voto do ministro Benedito Gonçalves em julgamento que não interfere na cassação dos direitos políticos do ex-presidente. Na ocasião, o Tribunal rejeitou a condenação do então presidente por abuso de poder político por causa de uma live com cantores, no Palácio do Planalto, em que eles declararam apoio a ele.

Bolsonaro perdeu o direito de concorrer em eleições por oito anos por causa de outro julgamento. Ele foi condenado por abuso dos meios de comunicação ao convocar embaixadores estrangeiros para fazer ataques ao processo eleitoral com informações falsas sobre as urnas eletrônicas. A decisão está mantida até o momento de publicação desta checagem.

Decisão do TSE sobre lives não anula inelegibilidade de Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram

Saiba mais: Vídeo publicado no Instagram mostra o ministro Benedito Gonçalves lendo o parecer de um julgamento contra Jair Bolsonaro. No trecho em questão, Gonçalvez diz que:

“Apesar de constatar que a live eleitoral foi mantida nos canais dia da semana e horário tradicionalmente reservado pelo ex-presidente da República para se comunicar com a população ao longo do mandato, não é possível concluir no atual estágio de compreensão da matéria que lhe fosse vedado alterar a destinação do programa para atender a seus interesses eleitorais. Ausente a prova da prática das condutas, que compõem o núcleo fático da causa de pedir, fica prejudicado o exame da gravidade. No que diz respeito à live de 18 de agosto de 2023-2022, concluo pela não configuração das condutas vedadas pelo artigo 73, 1 e 3 da lei 9.504, em consequência pela não configuração do abuso de poder político, visto o posto-presidente regride a plenário, rejeito a preliminar suscitada neste feito e julgo improcedente o pedido”.

Este trecho, foi entendido e republicado nas redes como se fosse uma anulação da punição atribuída à Bolsonaro em junho de 2023, quando ele perdeu o direito de disputar eleições por oito anos. Sobreposto ao vídeo viral, há um texto que diz: “O sol da esperança está renascendo”. A peça também circula com a legenda falsa: “(sic) O TRIBUNAL ELEITORAL REJEITOU O PROCESSO DE INEGILIBIDADE DO BOLSONARO ! BOLSONARO DE VOLTA EM 2.026 !”

Vídeo de julgamento circula fora de contexto

O vídeo aqui checado não trata da anulação da inelegibilidade de Bolsonaro. Na ocasião, o STJ julgava o ex-presidente em ações por duas transmissões ao vivo e um encontro com artistas que declaram apoio a ele.

Por meio de busca reversa (saiba aqui como fazer), foi possível chegar a uma notícia publicada no portal Terra (leia aqui) sobre o julgamento, em 17 de outubro 2023, sobre duas transmissões ao vivo realizadas por Jair Bolsonaro, dentro do Palácio do Planalto, e um encontro com artistas durante o período eleitoral. Como mostrou o Estadão, o TSE julgou se as estruturas do poder público foram usadas para pedir votos para ele e para apoiadores. As ocasiões julgadas foram:

  • Live do dia 18 de agosto de 2022: Bolsonaro pediu votos para si e para aliados políticos;
  • Live de 21 de setembro de 2022 na biblioteca do Palácio da Alvorada: Bolsonaro anunciou transmissões diárias para divulgar candidaturas;
  • Entrevistas coletivas concedidas nos dias 3 e 6 de outubro de 2022 no Palácio do Planalto: Bolsonaro recebeu governadores e artistas, que anunciaram apoio à sua candidatura.

A ação sobre as transmissões foram propostas pelo Partido Democrático Brasileiro (PDT) e assinadas pelo advogado Walber Agra. Já a ação sobre o encontro no Palácio do Alvorada foi proposta pela Coligação Brasil Esperança e assinada pelo advogado Cristiano Zanin.

Há um limite do uso da estrutura pública por quem está em um cargo para evitar um desequilíbrio na disputa entre candidatos que tentam a reeleição. Durante o julgamento os ministros entenderam que Bolsonaro cometeu irregularidades, mas que a conduta não foi grave a ponto de justificar a suspensão dos direitos políticos. Caso votassem a favor da suspensão, ou seja, pela inelegibilidade, as punições não seriam somadas e a punição seria feita pelo mesmo período que já foi determinado anteriormente a Bolsonaro - oito anos.

Bolsonaro está inelegível até 2030

Em 30 de junho do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral declarou Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele foi condenado por convocar reunião com embaixadores estrangeiros para fazer ataques com informações falsas sober a lisura do processo eleitoral.

Os ministros Benedito Gonçalves (relator), Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes votaram pela condenação do ex-presidente. O posicionamento contrário foi de Raul Araújo e Kassio Nunes Marques.

Não é a primeira vez que postagens desinformam sobre esta decisão contra Bolsonaro. Em outra ocasião, o Estadão Verifica mostrou ser falso que Bolsonaro foi absolvido das ações que poderiam o tornar inelegível.

Justiça Eleitoral confirma condenação de Boulos e Lula; entenda o caso

A Justiça Eleitoral de São Paulo manteve a condenação imposta a Guilherme Boulos e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada. O episódio ocorreu durante um comício realizado no dia 1º de maio de 2024, na capital paulista. No entanto, as multas atribuídas aos dois foram reduzidas.


O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou que Lula fez pedidos explícitos de votos para Boulos fora do período permitido pela legislação. Boulos foi igualmente condenado por ter ciência do ato. A decisão foi proferida pelo desembargador Encinas Manfre, que destacou a presença de Boulos no evento e seu apoio manifesto ao discurso de Lula.

Propaganda Eleitoral Antecipada: Multas Reduzidas

Após recursos das defesas, as multas iniciais foram reconsideradas. A multa de Lula, inicialmente fixada em R$ 20 mil, foi reduzida para R$ 15 mil. Já a de Boulos caiu de R$ 20 mil para R$ 10 mil. Esse ajuste ocorreu devido à ausência de condenações similares anteriores para ambos os réus.

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No comício de 1º de maio, Lula enfatizou o apoio a Boulos, descrevendo a campanha como uma “verdadeira guerra” em São Paulo. Essa declaração foi contestada judicialmente pelos partidos MDB, Novo e Progressistas, levando à sentença da última terça-feira que levou em conta as ações do MDB e do Novo, enquanto o processo do PP foi extinto por questões de competência.

Por que a Propaganda Antecipada é um Problema?

A propaganda eleitoral antecipada é um problema porque infringe as regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral para garantir a equidade entre os candidatos. O objetivo dessas normas é evitar que candidatos usem de sua influência para obter vantagem antes do início oficial da campanha eleitoral.

  • Permite um campo de concorrência mais justo.
  • Impede o uso de recursos públicos e privados antes do período regulamentado.
  • Protege a integridade do processo eleitoral.

Em sua defesa, Lula argumentou que exerceu seu direito constitucional de liberdade de expressão ao pedir votos para Boulos. Segundo os advogados, o discurso proferido não configuraria um pedido explícito de votos, estando dentro dos limites legais previstos pela Lei das Eleições.

Especialistas em direito eleitoral consultados divergem dessa posição, sugerindo que as falas do presidente podem, sim, caracterizar propaganda antecipada, com potenciais implicações na elegibilidade do candidato.

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