Jovem espanhol marcou um dos gols da vitória espanhola contra a Seleção Francesa
Não sentiu a pressão
Lamine Yamal, de apenas 16 anos, vem sendo um dos principais destaques desta Eurocopa 2024. Titular absoluto da Espanha, o jovem craque do Barcelona não sente a pressão das partidas e impressiona quem o acompanha.
Hoje, inclusive, o atleta marcou um dos gols da vitória espanhola contra a França, sendo crucial para a virada da Fúria contra o time de Kylian Mbappé e companhia.
Todavia, após o jogo, alguns torcedores repararam em uma ‘provocação’ do jovem artilheiro após o tento contra os franceses. Na ocasião, o atleta, supostamente, rebateu o meio-campista Rabiot demonstrando não sentir o impacto do clube adversário: “Fala agora”, disse ele.
Lamine Yamal provoca após gol marcado contra a França
“Caberá a nós colocar a pressão sobre ele, acima de tudo, não deixá-lo sentir-se confortável e mostrar a ele que, para jogar uma final de Eurocopa, ele terá que fazer muito mais do que fez até agora“, afirmou o meia.
Com isso, logo após o apito final, Yamal comemorou em direção à câmera e foi visto dizendo “fala agora, fala agora”, possivelmente em alusão aos comentários do francês.
Nesta Eurocopa, Lamine Yamal já atuou em seis partidas, tendo, até o presente momento, um gol marcado e três assistências distribuídas. Outro detalhe importante é que, com apenas 16 anos, o jogador foi titular em quase todos os jogos da Espanha até aqui.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro emitiu um comunicado após a retirada do sigilo do inquérito da Polícia Federal sobre as joias sauditas recebidas durante seu mandato. Os advogados afirmaram que Bolsonaro nunca teve a intenção de se apropriar de bens públicos. Segundo eles, a catalogação e destinação dos presentes seguem protocolos rigorosos definidos pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), sem interferência direta do Chefe do Executivo.
Eles criticaram a singularidade do inquérito, que foca exclusivamente no governo Bolsonaro, ignorando situações similares em gestões anteriores. A defesa destacou que todos os ex-presidentes tiveram seus presentes analisados pelo GADH com base nos mesmos critérios aplicados no caso das joias. Além disso, enfatizaram que Bolsonaro colaborou de forma voluntária desde o início das investigações, solicitando a devolução dos bens ao Tribunal de Contas da União ao ser informado sobre o procedimento aberto pelo órgão.
Os advogados também mencionaram a tentativa de inclusão do atual presidente da República na investigação, citando um caso similar envolvendo um relógio recebido pelo presidente francês Jacques Chirac. Eles questionaram a seletividade das investigações, apontando que a representação contra o atual presidente foi arquivada rapidamente, enquanto o inquérito contra Bolsonaro prosseguiu, apesar das objeções da Procuradoria Geral da República.
Por fim, a defesa expressou indignação com o relatório inicial da Polícia Federal, que alegava que Bolsonaro teria tentado se beneficiar financeiramente das joias, inicialmente avaliadas em R$ 25 milhões. Após repercussão negativa, essa informação foi corrigida pela PF. A defesa reiterou seu compromisso com a transparência e com a correta aplicação das normas legais, buscando esclarecer todos os pontos levantados pela investigação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou no X nesta segunda-feira (8) após o Supremo Tribunal Federal (STF) retirar o sigilo sobre o inquérito que apura possíveis desvios das joias sauditas. Bolsonaro destacou o erro da Polícia Federal no relatório (que corrigiu o valor supostamente desviado de R$ 25.298.083,73 para R$ 6.826.151,661). "Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias "desviadas" estão na CEF [Caixa Econômica Federal], Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo", escreveu Bolsonaro. Segundo a PF, o grupo que atuou na venda ilícita das peças milionárias, recebidas como presente por Bolsonaro, teria agido para enriquecimento ilícito do ex-presidente. Ainda segundo a PF, o pai de Mauro Cid, Mauro Lourena Cid, teria repassado US$ 25 mil em espécie ao ex-presidente. Publicado por André Rigue
A Rússia anunciou nesta terça-feira (9) que emitiu um mandado de prisão à revelia para a opositora exilada Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, que morreu na cadeia em fevereiro, sob a acusação de "participação em um grupo extremista".
"Yulia Borissovna (Navalnaya) escapou da investigação preliminar e, portanto, foi colocada na lista de procurados", disse o serviço de imprensa dos tribunais de Moscou no Telegram. O tribunal de Basmanny, na capital russa, também ordenou que a oponente, que vive no exterior, fosse mantida sob custódia à revelia.
Yulia Navalnaya prometeu continuar o combate de seu marido, o inimigo número um de Vladimir Putin, após sua morte em circunstâncias obscuras em sua prisão no Ártico, em fevereiro de 2024. Após a ordem de prisão ela pode, portanto, enfrentar uma detenção certa, caso retorne à Rússia.
Seguindo os passos de Navalny, Navalnaya pediu aos apoiadores do líder da oposição que não percam a esperança e denuncia regularmente as autoridades russas e o destino dos dissidentes na Rússia nas redes sociais. Na época, ela disse que queria continuar a luta pela "bela Rússia do futuro".
O ex-braço direito de Alexeï Navalny, Leonid Volkov, que também vive em exílio no exterior, ironicamente saudou a decisão do tribunal russo nesta terça-feira. "Um belo reconhecimento da determinação de Yulia em continuar a luta de Alexei", escreveu ele no X.
A repressão na Rússia nos últimos anos colocou quase todos os oponentes de destaque atrás das grades ou os levou ao exílio no exterior.
Milhares de russos comuns também foram presos por atos de protesto ou por suas críticas à ofensiva na Ucrânia, e muitos receberam sentenças muito pesadas.
Lugar de Putin "é na prisão"
Na plataforma X, Yulia Navalnaya se dirigiu a seus apoiadores, pedindo que não se concentrassem na decisão judicial contra ela, mas na batalha a ser travada contra o presidente russo Vladimir Putin.
"Quando vocês escreverem sobre isso, peço que não se esqueçam de escrever a coisa mais importante: Vladimir Putin é um assassino e um criminoso de guerra", declarou ela nesta terça-feira.
"O lugar dele é na prisão, e não em algum lugar em Haia, em uma cela confortável com televisão, mas na Rússia, na mesma colônia penal e na mesma cela de 2 x 3 metros em que ele matou Alexei", acrescentou.
O Kremlin sempre negou qualquer envolvimento na morte de Navalny.
Desde a morte de seu marido, Yulia Navalnaya tem se encontrado com vários líderes internacionais, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden.
Envenenamento de opositores
No dia 5 de julho, outro opositor russo, Vladimir Kara-Mourza, que sobreviveu a duas tentativas de envenenamento antes de ser preso e condenado a 25 anos de prisão, foi internado em um hospital penitenciário, segundo sua esposa e seus advogados. "Seus advogados não foram autorizados a vê-lo", postou sua esposa Yevgenia no Facebook, sem especificar por que ele teve que ser hospitalizado.
De acordo com o canal do Telegram de Kara-Mourza, seus advogados disseram que foram informados da transferência na véspera, após horas de espera para ver seu cliente preso em uma colônia penal em Omsk, na Sibéria.
Em seguida, esperaram em vão durante todo o dia para serem autorizados a entrar no hospital, também em Omsk. "Portanto, não puderam verificar se ele estava bem antes do fim de semana", durante o qual as visitas não são permitidas, de acordo com o canal Telegram.
As pessoas próximas ao líder da oposição têm se preocupado com seu estado de saúde há vários meses.
De acordo com eles, Vladimir Kara-Mourza, cidadão russo-britânico de 42 anos, sofre de polineuropatia após os dois envenenamentos que sofreu em 2015 e 2017.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (8), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre o indiciamento por suposto desvio de joias sauditas recebidas por ele em ida ao Oriente Médio. Os advogados do ex-chefe do Executivo chamaram o inquérito da Polícia Federal (PF) de “insólito” e frisaram que seu cliente nunca pretendeu enriquecer tomando para si bens que pudessem, de alguma forma, serem públicos.
– Em momento algum [Bolsonaro] pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens, dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica de bens dessa ordem, requereu-se, ad cautelam, que desde logo ficassem sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua correta destinação, de forma definitiva – diz o comunicado.
A defesa ressalta que, tão logo o ex-presidente foi noticiado em março do ano passado sobre o caso, antes de “qualquer intimação ou ciência oficial”, Bolsonaro “compareceu de forma espontânea aos autos e requereu que os referidos bens fossem, desde logo, depositados naquela Corte de Contas [Tribunal de Contas da União (TCU)]”.
Os advogados também argumentaram que os presentes direcionados a um presidente da República “obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação e sobre o qual o chefe do Executivo não tem qualquer ingerência”, e que o procedimento é conduzido pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), “composto por servidores de carreira e que, na espécie, vinham de gestões anteriores”.
A nota ainda menciona que houve “situações idênticas” em governos anteriores, mas que somente Bolsonaro fora processado.
– Note-se, ademais disso, que todos os ex-presidentes da República tiveram seus presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo “GADH”, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que, estranhamente, volta-se só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores – assinala a defesa.
Por fim, os advogados fazem questão de manifestar “completa indignação” com o erro milionário no inquérito da Polícia Federal em relação ao valor das joias em questão. O documento, elaborado pelo delegado Fábio Alvarez Shor, indicava tentativa de desvio de joias e presentes avaliados em R$ 25 milhões. A atualização, porém, mostra que o valor correto é de R$ 6,8 milhões, ou seja, R$ 18,2 milhões a menos.
– Por último, a defesa manifesta sua completa indignação com o fato de que o relatório apresentado pela Polícia Federal, imputou de forma temerária e despida de quaisquer fundamentos factuais ou mercadológicos, que o ex-presidente teria tentado beneficiar-se de valores contabilizados na absurda ordem de R$ 25 milhões, afirmação que, somente após enorme e danosa repercussão midiática, foi retificado pela Polícia Federal – conclui o texto.
Confira a nota na íntegra:
A defesa de Jair Messias Bolsonaro, diante da decisão proferida nesta data, tornando públicos os autos da Pet 11645, que versa sobre bens do acervo de presentes oferecidos ao ex-Presidente durante seu mandato, vem esclarecer o seguinte:
Os presentes ofertados a um Presidência da República obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação e sobre o qual o Chefe do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta, sendo desenvolvido pelo “Gabinete Adjunto de Documentação Histórica” (“GADH”), responsável por analisar e definir, a partir dos parâmetros legais, se o bem será destinado ao acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência da República. Referido Gabinete, esclareça-se, é composto por servidores de carreira e que, na espécie, vinham de gestões anteriores.
Note-se, ademais disso, que todos os ex-Presidentes da República tiveram seus presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo “GADH”, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que, estranhamente, volta-se só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas havidas em governos anteriores.
No curso desta mesma investigação — repita-se, estranhamente direcionada apenas ao ex-Presidente Bolsonaro —, houve representação para a inclusão do atual Presidente da República, tendo em vista as próprias declarações do mesmo de que, quando no exercício de mandato, havia recebido um relógio da sofisticada marca Piaget, presenteado pelo ex-Presidente da República Francesa, Jacques Chirac.
A despeito de tratar-se de situação absolutamente análoga, inclusive quanto a natureza e valor expressivo do bem, o Ministro Alexandre de Moraes, na condição de relator da presente investigação, determinou o pronto arquivamento da representação, em 6 de novembro de 2023, sem declinar as razões que tornariam aquela situação legítima e a do ex-Presidente Bolsonaro não.
Importa, ainda, lembrar que o ex-Presidente Bolsonaro, desde que foi noticiado, em março do ano passado, que o Tribunal de Contas da União havia aberto procedimento voltado a avaliar a destinação dos bens aqui tratados para o acervo privado de Presidência da República, antes mesmo de qualquer intimação ou ciência oficial, compareceu de forma espontânea aos autos e requereu que os referidos bens fossem, desde logo, depositados naquela Corte de Contas.
A iniciativa visava deixar consignado, ao início da menor dúvida, que em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens, dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica de bens dessa ordem, requereu-se, ad cautelam, que desde logo ficassem sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua correta destinação, de forma definitiva.
A presente investigação — assim como as demais que colocam hodiernamente o ex-Presidente como protagonista —, ressente-se, ainda, da evidente incompetência do Supremo Tribunal Federal e da inexistência de qualquer prevenção do Ministro Alexandre de Moraes enquanto relator, aspecto sobre o qual a Procuradoria Geral da República, já em agosto de 2023, expressamente declinou da competência para a tramitação da apuração, indicando o MM. Juízo de 1ª instância em Guarulhos. Como sói acontecer nos feitos que envolvem o ex-Presidente, a apuração permaneceu tramitando na Suprema Corte, ignorando-se a manifestação da PGR.
Por último, a defesa manifesta sua completa indignação com o fato de que o relatório apresentado pela Polícia Federal, imputou — de forma temerária e despida de quaisquer fundamentos factuais ou mercadológicos —, que o ex-presidente teria tentado beneficiar-se de valores contabilizados na absurda ordem de R$ 25 milhões, afirmação que, somente após enorme e danosa repercussão midiática, foi retificado pela Polícia Federal.