A notícia de que a Procuradoria Geral da República pediu ao STF que determine às plataformas digitais a liberação de informações e dados de ‘todos os seguidores’ de Jair Bolsonaro nas redes sociais, deixou o deputado federal Gustavo Gayer (PL/GO) em alerta máximo.
Em vídeo publicado na Web, Gayer surge tenso e extremamente preocupado na tela, esclarecendo a gravidade da solicitação – em flagrante desrespeito à Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018). Algo que se assemelha às práticas das ditaduras.
Ele cita o exemplo da Ruanda, no início da década de 90, um país africano cujo governo que havia acabado de ser eleito utilizou o aparelho do Estado para fazer uma espécie de censo, determinando quantos eram e onde estavam cada um dos cidadãos que eram considerados como ‘opositores’.
O passo seguinte foi criar uma intensa campanha difamatória nos veículos de comunicação contra essa parcela da população, criando um clima de guerra e perseguição brutal, que culminou no conhecido caso do genocídio da etnia Tutsis pela maioria Hutú (cujo principal representante era o presidente do país).
A tragédia que completa 29 anos, levou à morte de cerca de 800 mil pessoas, incluindo mulheres e crianças. Foram registrados, ainda, cerca de 300 mil estupros, segundo levantamentos de observadores e entidades internacionais.
Há que se esclarecer que o fato ocorreu em meio a uma guerra civil em que as duas etnias citadas lutavam pelo poder, mas há que se ressaltar que os Hutús contavam com a vantagem das informações colhidas no tal censo.
Há uma grande diferença entre aquele trágico fato e o atual, dirão muitos. Mas afinal, a quem interessa ter em mãos os dados de pelo menos 40 milhões de brasileiros, por serem seguidores de uma líder político que é considerado inimigo do Estado e alvo de perseguições sem fim?
E o que farão com essas informações?… censura? mais perseguição? prisões ilegais?
Vale a pena assistir:
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