Por Ilanna Serena, g1 PI
Parnaíba, no litoral do Piauí, ocupa a 38ª posição no ranking de cidades mais violentas do Brasil, segundo a 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20). O órgão analisa a taxa de mortes violentas intencionais em 2022 em relação a 2021. Na cidade, a taxa de mortalidade ficou em 46,3 por grupo de 100 mil habitantes.
O número corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso - incluindo femincídios, roubos seguidos de morte, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora.
“Os dados são referente há anos pretéritos. Vamos melhorar ainda, mas já caiu o índice de criminalidade lá. A planície litorânea está, sem dúvidas, entre as prioridades da segurança pública. Vamos atuar de forma mais intensa justamente onde houver notícias de células criminosas”, comentou o delegado-geral da Polícia Civil, Luccy Keiko.
Segundo o delegado, Parnaíba vai receber quatro novos delegados, a fim de reforçar o combate à violência. Na terça-feira (18), o Governo do Piauí publicou um decreto que cria a delegacia de Cajueiro da Praia, também na região litorânea.
Anuário Brasileiro de Segurança Pública
O levantamento revela também que os furtos e roubos de veículos aumentaram no ano passado em comparação a 2021. No Piauí, 6.816 carros foram furtados e roubados em 2022, um aumento de 6,2% em relação à 2021, que teve 6.420 registros. É como se 18 veículos fossem furtados e roubados por dia.
Além disso, o número de desaparecimentos no Piauí aumentou mais de 49% entre 2021 e 2022. Em 2021, 319 pessoas foram consideradas desaparecidas. Já em 2022, o número chegou a 480.
A denúncias de crimes de ódio também tiveram aumento no estado, em 2022. Os crimes de racismo no estado, por exemplo, aumentaram 65,3% em um ano. O levantamento indica que 43 denúncias foram registradas em 2022, contra 26 em 2021. Quanto aos casos de injúria racial, foram 264 registros em 2022, um aumento de 20% em relação ao ano anterior, que teve 243.
Contra a população LGBTQIA+, constam 13 casos de violência nos registros policiais em 2022, contra 8 em 2021. O órgão acredita que há uma subnotificação de dados.
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