segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Argentina deve importar US$ 600 milhões do Brasil com empréstimo do BB Fernando Haddad e Sergio Massa, o ministro argentino da Economia, anunciaram juntos a operação de financiamento; instituição brasileira vai pagar produtores nacionais e será segurada pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF)

  • Por Jovem Pan
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  • 28/08/2023 21h01 - Atualizado em 28/08/2023 21h54

MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDOO ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, acompanhado do ministro da Fazenda do Brasil, Fernando HaddadMinistros de Brasil e Argentina, Fernando Haddad e Sergio Massa anunciaram acordo para transações entre os dois países

Os governo do Brasil e da Argentina anunciaram um acordo nesta segunda-feira, 28, sobre o apoio das exportações brasileiras ao país argentino, que irá abranger o mercado automotivo e de alimentos. A medida foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Economia argentino, Sergio Massa. A operação terá aporte do Banco do Brasil, que será responsável pelo pagamento aos produtores brasileiros, com contragarantia do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). Dentro do Programa de Financiamento às Exportações (Proex), a operação envolveria de US$ 500 milhões a US$ 600 milhões, segundo Haddad. “Entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões é o que o presidente do CAF se comprometeu a estudar”, disse o responsável pela área econômica brasileira. Com reunião marcada para o próximo dia 14, o conselho gestor do CAF ainda precisa aprovar sua participação no negócio.

O anúncio da novidade foi feito após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, que é o candidato da situação à presidência da Argentina, tem o apoio do petista. De acordo com Masas, até o dia 14 o CAF deve dar um retorno acerca da autorização. Haddad ainda explicou que a oferta do Ministério da Fazenda, de aceitar garantias em yuan, a moeda chinesa, continua de pé. Ele explicou, contudo, que para o país vizinho a alternativa usando o CAF seria mais vantajosa, por não comprometer as reservas de yuan da Argentina. Nesse caso, contudo, a operação teria um volume menor, de US$ 140 milhões, disse Haddad.

“A proposta tinha sido bem recebida na Argentina, mas de sexta para cá, o CAF entrou, em virtude de uma vantagem. Como a Argentina disponha de reservas em yuan para garantir exportações brasileiras, oficialmente as reservas da Argentina diminuem. Com o CAF, Argentina não precisa abrir mão dessas reservas para garantir exportações”, disse Haddad,para quem quem a alternativa foi uma “novidade”. “Estive com o presidente do CAF no ministério, eles confirmaram interesse em fazer contrapartida às exportações”, explicou Haddad.

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