CPMI já produz notícias boas, mas uma grave omissão precisa ser relatada

JCO

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Para quem criticou a abertura da CPMI como algo que não daria em nada, hoje é dia para se desculpar. Não foram só as imagens que Dino segurava que foram liberadas por Moraes, mas também muitos presos políticos do dia oito de janeiro. Ao total, 37 mulheres e 53 homens estão deixando o cárcere. Parte dos detidos, que realmente invadiram e depredaram Brasília, podem pegar até trinta anos.

A assessoria de imprensa do Supremo informou que, de acordo com a decisão de Moraes, o cenário que justificou a prisão preventiva desses réus, mudou após a conclusão da fase de instrução processual dos 228 que estavam sob custódia.

Coincidentemente no mesmo tempo em que a CPMI exigiu as imagens do Palácio, mesmo com a negativa do Ministro de Lula.

Segundo uma de minhas fontes, as imagens que vão aparecer podem não trazer nenhuma novidade. Embora eu acredite, que não seja muito esperto da base tentar omitir alguma coisa, eu recomendaria ao pessoal da oposição uma perícia do material apresentado. Se houver adulteração, melhor ainda.

No relatório final da CPMI uma grave omissão das autoridades deve ser relatada, e a prisão de G.Dias pedida pelos parlamentares de direita. Caso Eliziane não queira descrever o ocorrido, um relatório paralelo feito pela oposição deve ser divulgado, e trazido por algum veículo de mídia como contestação a relatora.

Isso vai ajudar a enterrar de vez a narrativa de golpe de estado que eles tentaram empurrar goela abaixo. Anderson está depondo, e haverá muitas pegadinhas. Se a oposição orientar ele a falar das prerrogativas que lhe foram negadas, um pedido deve ser apresentado ao ministro de direitos humanos de Lula.

Se ele acatar, bom. Se não, melhor ainda.

Agora, é só manter as reivindicações, para aumentar a quantidade de notícias boas.

Saúdo os irmãozinhos liberados. Depois de tanta injustiça poderão estar com seus familiares. Deus é bom, e nenhuma injustiça dura para sempre.

O tempo para cobrar os autoritários um dia vai chegar. Sempre chega.

Victor Vonn Serran

Articulista