sábado, 12 de agosto de 2023

IDEA denuncia a influência do narcotráfico na política da América Latina

JCO

O assassinato do de Fernando Villavicencio Valencia, candidato à presidência do Equador, acendeu o sinal de alerta e fez com que o IDEA (Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas) - grupo formado por ex-chefes de Estado e de governo espanhóis e latino-americanos - produzisse uma declaração na qual condena o crime e o aumento das ameaças e da influência do narcotráfico na política da América Latina.

Villavicencio, como jornalista e deputado, investigou e denunciou vários escândalos no Equador, notadamente a corrupção do governo de Rafael Correa (2007-2017) e “as ligações perversas de funcionários públicos e políticos” com o tráfico de drogas.

A Idea alertou para a interferência cada vez maior do crime organizado na política latino-americana.

“Há pouco tempo, mãos criminosas acabaram com a vida do promotor paraguaio Marcelo Pecci, que investigava grandes atos de corrupção e lavagem de dinheiro no seu país, relacionados ao narcotráfico. Nada a acrescentar sobre a situação endêmica que afeta o México, enquanto chegam as ameaças de morte do ELN [guerrilha colombiana], a partir da Venezuela, contra o procurador-geral Francisco Barboza, encarregado das investigações do filho do presidente da Colômbia pelo suposto financiamento do tráfico de drogas durante a campanha eleitoral do seu pai”, diz o documento.

E prossegue:

“Mais recentemente, em Caracas, tanto dirigentes do partido governista da ditadura como autoridades militares estimularam agressões contra a candidata presidencial María Corina Machado, argumentando, sobretudo o comandante-geral da Guarda Nacional, que a candidatura de uma inabilitada pelo regime busca impor ‘a normalização da violência para desestabilizar o país’”.

A declaração é assinada pelo secretário-geral da Idea, Asdrúbal Aguiar, que foi ministro do Interior e da Secretaria da Presidência da Venezuela antes da ascensão do chavismo, e pelos ex-chefes de Estado do grupo, entre eles, José María Aznar (Espanha), Felipe Calderón (México), Iván Duque (Colômbia), Mauricio Macri (Argentina) e Lenín Moreno (Equador).

De fato, a situação é gravíssima. Aqui no Brasil também vemos claramente o avanço de facções criminosas sobre o poder constituído e as instituições democráticas.

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