domingo, 17 de setembro de 2023

Com arrogância, Barroso "explica o que é comunismo" e demonstra que não entende nada sobre o "sentido mínimo das palavras" (veja o vídeo)

JCO

Na sexta-feira (15) foi o dia do barroso falar algo, lá no stf, durante o julgamento de exceção quanto aos atos do dia 8/1.

Ele explicou, em tom arrogantemente professoral e sarcástico, o que é comunismo, e ao final disse, textualmente, o seguinte:

"Eu só faço essa observação porque a gente precisa restabelecer, no Brasil, num processo importante de pacificação, o sentido mínimo das palavras, e enfrentar a incultura."

Atento às palavras de barroso quanto à necessidade de restabelecer "o sentido mínimo das palavra", resolvi aqui analisar uma a uma a mensagem que ele deu ao final da sua exposição enfadonha.

1. restabelecer, no Brasil, (...): barroso deixa claro que esse período da história nacional é de fato de desfazer tudo o que foi feito nos anos anteriores - seja pelo governo de Bolsonaro, seja pelo despertar do povo. O que ele, barroso, quer é que o país volte à condição que tinha antes. E, por conclusão lógica, esse "antes" só pode ser uma coisa: antes do que existiu até o final do ano passado. Nada mais reacionário do que isso - e com o reacionarismo partindo de um que se diz "progressista";

2. Processo de pacificação: barroso deixa claro que o que está sendo feito é uma "pacificação" no Brasil, quando aquele próprio julgamento do qual participa deixa claro que o que se faz é uma perseguição implacável à direita (especialmente ao bolsonarismo);

3. enfrentar a incultura: barroso deixa claro que na sua opinião aqueles que dizem que há comunismo no Brasil são pessoas "incultas"; foi uma forma elegante (digamos assim) para chamar de ignorantes os direitistas. E o membro do stf deixou claro que compete a ele enfrentar essa ignorância - porque ele já disse outras vezes que enfrentou, por exemplo, o bolsonarismo, e o derrotou.

Veja-se que, quando analisamos de fato o "sentido mínimo das palavras", conseguimos extrair o contexto em que foram ditas, interpretando o seu real significado. Realmente, barroso acha mesmo que compete a ele (e aos outros membros do stf) "pacificar" a sociedade, e "enfrentar" os ignorantes - no caso, a direita política.

O fato é que barroso não entende nada de "sentido mínimo das palavras".

Na verdade, o que existe é um processo subversivo em curso no Brasil. E nesse processo subversivo, a revolução semântica, com a mudança do sentido das palavras (do léxico) é uma das características. Assim, "defesa da democracia" é impor totalitarismo, "atos anti-democráticos" são manifestações políticas populares, e "terroristas" são cidadãos comuns.

Nada mais claro do que a distopia orwelliana, na conhecida expressão constante da obra 1984: "guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força."

No final, a sociedade será objeto de uma grande engenharia social que visa "reeducar os dissidentes", no sentido de fazê-los "aprender o que é democracia"... É para isso que esse julgamento está servindo.

Veja o vídeo:

Foto de Guillermo Federico Piacesi Ramos

Guillermo Federico Piacesi Ramos

Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).

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