O senador Marcos Rogério (PL-RO) levantou questionamentos sobre os esforços por parte de integrantes do governo para obstruir as investigações, ocultar provas e dificultar o trabalho da CPMI de 8 de Janeiro.
Ele voltou a criticar a postura do ministro da Justiça, Flávio Dino - que, segundo o senador, se recusa a fornecer as imagens das câmeras de segurança do estacionamento do ministério solicitadas pela comissão.
"O que o ministro da Justiça está fazendo é desrespeitar o Senado Federal, é desrespeitar uma comissão parlamentar de inquérito que tem competência para investigar e tem instrumentos próprios, inclusive para buscar essas informações. [...] Ele também desobedece decisão judicial. [...].
Espero que as informações que a imprensa está divulgando não sejam confirmadas pelo ministério, porque se a versão que a imprensa está divulgando for verdadeira, de que o Ministério da Justiça e da Segurança Pública perdeu essas imagens, isso é algo criminoso", disse.
Marcos Rogério ressaltou que existe uma forte expectativa de que os fatos possam ser esclarecidos com o depoimento do general G. Dias, apontado como responsável, por exemplo, por ordenar a alteração de documentos que foram enviados pelo governo ao Senado, para análise da CPMI sobre os eventos do 8 de janeiro.
"As informações relativas aos relatórios de inteligência, aos relatórios de informação, os alertas da Abin. Chegaram aqui documentos alterados, criminosamente alterados!", concluiu.
Neste momento, a CPMI está ouvindo o general Marco Edson Gonçalves Dias, considerado "peça-chave" na investigação.
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