O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) avalia que a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser o último governo do petista. Embora o próprio chefe do Executivo já tenha se comprometido a não concorrer à reeleição, o ex-juiz acredita que o governo está “com o tempo contado” porque outros líderes políticos que devem surgir. “Vai ser três anos de governo. Espero que seja o último governo Lula. Já vai ser muito complicado, mas (se continuar depois) destrói o país. Creio que esse tempo está contado. Temos que esperar que surjam líderes políticos. Destruir o sistema é impossível, mas tem que reformar o sistema (para acabar com a corrupção)” afirmou o senador nesta segunda-feira, 11, em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News. Apesar da avaliação, o parlamentar nega a intenção de concorrer à presidência em 2026. “Estou focado no meu Senado, aprovar bons projetos nesse período, ter uma proposta diferente, mas nenhuma pretensão de qualquer voo presidencial. Já fiz isso, é muito complicado. Hoje tem outras pessoas que se habilitam mais, teriam mais condições, como o Zema, o Tarcísio, o próprio governador do Paraná, o Ratinho Júnior, e o Ronaldo Caiado”, completou.
Ainda sobre a atual gestão, o senador considerou que o governo “não tem rumo”, questionou a quantidade de ministérios criados – ao todo, são 38 pastas na Esplanada – e o aumento de impostos. “O único projeto do governo é cobrar mais impostos. Eles querem gastar”, concluiu. Como o site da Jovem Pan mostrou, Sergio Moro também se posicionou contra a decisão do ministro Dias Toffoli, que declarou “imprestáveis” as provas obtidas contra a Odebrecht no âmbito da Lava Jato e classificou a prisão do presidente Lula como “um dos maiores erros judiciários da história do país”. “Houve um esquema gigantesco de corrupção durante os governos do PT, tentam recontar essa história porque não é conveniente para o presidente do momento”, opinou o ex-juiz. “Tem gente que critica a Lava Jato, mas não consigo achar uma pessoa que me aponte um inocente que tenha sido condenado. Fui um juiz duro sim, mas entendia que aquele momento histórico demandava essa dureza. As pessoas tiveram ampla defesa, as provas eram robustas e os resultados, o próprio acordo da Odebrecht, o acordo de leniência foram mais de R$ 3 bilhões devolvidos e foi elogiado mundialmente. Os procedimentos foram corretos”, concluiu.
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