A deputada Gleisi Hoffmann e o ministro Alexandre de Moraes tiveram um embate nesta quinta-feira (21).
O PT sentiu o peso da Justiça Eleitoral.
A petista criticou duramente decisões sobre multas aplicadas aos partidos políticos.
Desta feita, as multas alcançaram o PT.
“Os valores ditos aqui, R$ 750 milhões, R$ 23 bilhões... Gente, isso não é multa exequível. Não tem como pagar. Nós não temos dinheiro. Elas não se referem apenas à aplicação dos recursos para cota. Elas trazem taxas, taxas de juros, taxas de correção”, disse a presidente do PT.
Gleisi também afirmou que a execução das multas contribuem para acabar com os partidos.
“[as multas] trazem a visão subjetiva da equipe técnica do tribunal, que, sistematicamente, entra na vida dos partidos políticos querendo dar orientação, interpretando a vontade de dirigentes, a vontade de candidatos, ou seja, são multas que inviabilizam os partidos.”
E complementou dizendo que a democracia não é feita sem os partidos políticos e criticando duramente a Justiça Eleitoral:
“Não pode ter uma Justiça Eleitoral, que, aliás, é uma das únicas do mundo! Um dos únicos lugares do mundo que tem Justiça Eleitoral é no Brasil. O que já é um absurdo. E custa três vezes o que custa o financiamento de campanha para disputa eleitoral. Tem alguma coisa errada nisso! Talvez a gente devesse começar a olhar aí para ver o que que a gente pode mudar".
Moraes reagiu imediatamente. Repudiou as afirmações e classificou as falas como "errôneas" e "falsas".
Segundo ele, o discurso de Gleisi teve como objetivo "tentar impedir ou diminuir o necessário controle dos gastos de recursos públicos realizados pelos partidos políticos, em especial aqueles constitucional e legalmente destinados às candidaturas de mulheres e negros".
Em outro trecho, Moraes lamentou que a presidente do PT tenha contestado a existência da Justiça Eleitoral, atribuindo isso ao "total desconhecimento" sobre a importância, estrutura, organização e funcionamento da Justiça Eleitoral.
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