Agora, no julgamento que a sociedade vê atônita sobre os atos do dia 8/1, Alexandre aumenta sua forma “peculiar” - digamos assim apenas, e entre aspas mesmo, para não sermos acusados de algo que nem mesmo saberemos o que é - de atuação no stf.
Ele passa a não admitir e nem tolerar o contraditório entre os próprios pares. Decerto, gostaria que suas vontades fossem imediatamente acatadas por unanimidade, mas daí tem o julgamento colegiado, e ele se vê obrigado a ouvir alguém divergindo dele.
E nesse caso, quando ele se depara com algum dos pares não concordando com seus atos, passa a interromper o colega na exposição do voto e discutir com ele, em tom agressivo, como o vimos fazer com andré mendonça (que me desculpe o Presidente Bolsonaro, mas também o nome do “terrivelmente evangélico” será deixado em letras minúsculas).
Nessa ocasião, alexandre usou do mais pobre e pueril argumento, que nunca em tempo algum juiz que se preze usaria: o ARGUMENTO DE AUTORIDADE.
O “eu fui Ministro da Justiça” dito ao colega andré mendonça, para tentar diminuí-lo frente a ele, é o retrato cabal do que se transformou o stf no Brasil de hoje: um órgão político, minúsculo não apenas na letra que adoto aqui, mas como instituição, no qual os cargos políticos dos seus membros passaram a valer muito mais do que seus currículos, que, esses sim, deveriam comprovar o notório saber jurídico de que trata a Constituição da República (que ainda existe e está em vigor).
alexandre transformou o stf em uma cidadela onde se aplica intramuros o conhecido “sabe com quem você está falando?” tão próprio da cultura brasileira, que tanto mal faz ao país.
Guillermo Federico Piacesi Ramos
Advogado e escritor. Autor dos livros “Escritos conservadores” (Ed. Fontenele, 2020) e “O despertar do Brasil Conservador” (Ed. Fontenele, 2021).
Nenhum comentário:
Postar um comentário