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Cunha revelou que a Abin produziu 33 alertas sobre a situação, os quais foram compartilhados com as forças de segurança federal e local.
"Os relatórios deixam bem clara a evolução dos fatos. Eu liguei para o general G. Dias por volta de 13h30 [do dia 8], um pouco antes da manifestação sair, e disse para ele - eu acho que ele relatou isso inclusive - que estava muito preocupado, que a manifestação já claramente caminhava para um destino violento", declarou Cunha durante seu depoimento.
De acordo com Cunha, nos dias 4 e 5 de janeiro, a adesão de manifestantes para o dia 8 de janeiro era baixa. No entanto, entre os dias 6 e 7, o cenário mudou drasticamente.
"Tínhamos indícios de ocupação de prédios públicos e atos antidemocráticos. Os alertas indicaram isso", explicou Cunha.
O ex-diretor-adjunto ainda revelou que, na manhã do dia 7 de janeiro, a agência tinha informações de que mais de 100 ônibus com manifestantes estavam a caminho do Distrito Federal.
"Todas as informações foram compartilhadas, principalmente com órgãos federais", acrescentou.
Cunha também afirmou que, no dia 8 pela manhã, já havia identificação de "elementos radicais" no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército.
"As informações foram compartilhadas", concluiu Cunha em seu depoimento.
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