Em sua primeira manifestação após a apuração dos votos, Javier Milei demonstrou agilidade e habilidade, sinalizando imediatamente para uma aliança com a coligação Juntos pela Mudança, que ficou em terceiro lugar.
Patricia Bullrich, também de direita, teve 23% dos votos.
Analistas acreditam que, com esse apoio, os votos de Bullrich migrar, praticamente em sua totalidade, para Milei.
Ontem, logo após o anúncio do resultado do 1º turno, Milei afirmou que, se o país quiser mudança, é preciso fazer uma aliança para derrotar os kirchneristas. Ele repetiu a palavra "mudança" diversas vezes.
"Dois terços dos argentinos votaram por uma mudança, uma alternativa a esse governo de delinquentes", disse.
E prosseguiu:
"Todos que queremos uma mudança devemos trabalhar juntos. Pensemos no futuro, no que queremos para nossos filhos".
Milei afirmou ainda que esse é um momento histórico para o país. Isso porque há dois anos ele não tinha nem mesmo um partido, e agora está disputando a presidência com a principal força política do país.
O resultado, disse Milei, é produto do esforço de milhares de pessoas que trabalharam pelas ideias da liberdade.
A reciprocidade aconteceu no discurso da própria Patrícia Bullrich, que enfaticamente garantiu que não apoia, em hipótese alguma, o outro candidato, Sergio Massa:
“O populismo empobreceu o país e não sou eu quem vai felicitar o regresso ao poder de alguém que fez parte do pior governo da história Argentina”, afirmou.
E disse ainda que sua coalizão não será cúmplice “das máfias que destruíram” a Argentina
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