domingo, 22 de outubro de 2023

Vítima diz que motorista de ônibus clandestino “acelerou com tudo” Fabiana Pereira dos Santos, 27 anos, estava com a filha de 3 anos no ônibus que tombou na BR-070, na noite desse sábado (21/10)

 atualizado 

Material cedido ao Metrópoles
Fabiana e a filha, Mallu, de 3 anos, estavam no ônibus clandestino que tombou na BR-070

Uma das passageiras do ônibus clandestino que tombou e deixou pelo menos seis pessoas mortas, na noite desse sábado (21/10), relatou que o motorista “acelerou com tudo” quando tentou fugir da escolta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Moradora de Taguatinga, Fabiana Pereira dos Santos (foto em destaque), 27 anos, contou à coluna Grande Angular que pegou o ônibus na estrada, em Tocantins, rumo ao DF. Ela estava com a filha, Mallu Gabrielle Pereira dos Santos, de 3 anos, e pagou R$ 300 pela passagem.

Segundo Fabiana, a viagem seguiu tranquila até Águas Lindas (GO), onde o ônibus foi parado pela fiscalização, que identificou a irregularidade do veículo e recolheu os documentos dos passageiros.

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A ANTT iria escoltar o ônibus até a Rodoviária de Taguatinga, mas o motorista tentou fugir ao ser comunicado, antes de passa por Ceilândia (DF), que teria de parar na Iristur, de acordo com Fabiana.

“No que eles [profissionais da fiscalização] falaram para o motorista fazer essa parada na Iristur, ele acelerou o ônibus com tudo, jogou para outra faixa. No que ele jogou para outra faixa, ele foi para o retorno com tudo, acelerando, acelerando com tudo. Ele foi fazer o retorno e eu só me lembro da minha perna para o alto – eu fiquei com o fêmur quebrado –, minha filha do meu lado e algumas pessoas que estavam todas machucadas”, relatou a vítima à reportagem.

Fabiana fraturou o fêmur e aguarda por cirurgia no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A filha machucou a testa, mas já foi feita a sutura e a criança está na pediatria do pronto-socorro.

Havia 32 passageiros no ônibus, que capotou na BR-070, na área de Ceilândia (DF). Sete pessoas foram transportadas com ferimentos leves para os hospitais regionais de Ceilândia e Taguatinga, quatro em estado grave, para as mesmas unidades de saúde, e outras sete, sem gravidade, para o Hospital de Base.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), quatro óbitos foram confirmados no local do acidente.

Um dos corpos ficou bastante mutilado, ainda de acordo com os socorristas.

Os bombeiros identificaram as vítimas pelas iniciais dos nomes. São três mulheres e um homem: A.C.C.S., 44 anos, M.D.F.C., 64; C.M.M.M.S., 49; e J.F.S., um homem de 57 anos.

A quinta vítima, Maria Eliete Gomes da Silva, 57 anos, morreu no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Uma sexta pessoa morreu no Hospital de Base, maior unidade de saúde do DF.

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