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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) soltou o verbo sobre as reuniões da "dama do tráfico" realizadas no Ministério da Justiça e no Ministério dos Direitos Humanos.
Ele informou que apresentou requerimento para que o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, preste esclarecimentos sobre reunião que teria ocorrido com Luciane Barbosa de Farias, esposa de Clemilson dos Santos, líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas.
"A Dama do Tráfico esteve duas vezes no Ministério da Justiça, cumprindo agenda oficial. Consta que também esteve em reuniões no Ministério dos Direitos Humanos, inclusive tendo sido recebida pela coordenadora. E tem mais escândalo ainda.
Segundo os jornais O Estado de S.Paulo, o Estadão, e Gazeta do Povo, documentos apreendidos pela Polícia Civil do estado do Amazonas mostram vários pagamentos feitos a uma advogada apenas para intermediar reunião da líder do Comando Vermelho no Ministério da Justiça", disse.
Girão também ressaltou que o senador Jorge Seif (PL-SC) apresentou um requerimento para que o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, esclareça na Comissão de Segurança Pública (CSP) o motivo de Luciane, conhecida como a “Dama do Tráfico Amazonense”, ter participado de duas reuniões na sede da pasta.
O senador fez referência a outros casos, como a proibição, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da divulgação de vídeos em que líderes do tráfico de drogas estariam comemorando a vitória de Lula nas prisões de segurança máxima.
O parlamentar ainda lembrou a visita do ministro Flávio Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, que, segundo ele, é uma das regiões mais perigosas e controladas por facções criminosas.
"Diante desse gravíssimo escândalo, estamos tomando algumas providências urgentes. Vários requerimentos oficiais de informações dirigidos ao Ministério da Justiça e também dos Direitos Humanos. Não podemos permitir que o nosso país faça o mesmo trágico caminho da Venezuela, que se transformou num verdadeiro narcoestado. Não é isso que eu quero para as futuras gerações."
Além disso, o parlamentar informou que está sendo proposto um projeto de lei similar ao apresentado pelo Partido Novo na Câmara dos Deputados, para incluir a não publicação de agenda e compromissos de ocupantes de cargos executivos como improbidade administrativa.
Girão também comunicou que iniciou uma coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar o crime organizado no Brasil.
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