sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Governador pode ser afastado imediatamente e perder o mandato

JCO

A medida é parte de uma denúncia oferecida pela PGR contra Cameli e mais 12 pessoas, acusadas de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ministra Nancy Andrighi será responsável pela decisão.

Até o momento desta reportagem, a Secretaria de Governo do Acre e um assessor do governador não responderam aos contatos. Vale ressaltar que Cameli está atualmente em Dubai, participando da COP 28 com uma comitiva do governo acreano.

Segundo o documento de 175 páginas elaborado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, desde 2019, Gladson Cameli estaria liderando um esquema de fraude em licitações. A PGR aponta irregularidades em pelo menos oito contratos do governo do Acre, totalizando um prejuízo estimado em R$ 150 milhões.

Um dos contratos citados pela denúncia é um acordo de manutenção predial no valor de R$ 24,3 milhões, assinado em 2019 com uma empresa de engenharia. A PGR alega que, um dia após a celebração do contrato, a empresa contratou, de forma indireta e velada, a empresa do irmão do governador, que não possuía atividade no Acre, para dividir a execução e os lucros do contrato.

A denúncia aponta que pelo menos R$ 4,4 milhões foram transferidos para empresas ligadas ao irmão do governador. Além disso, indica que o direcionamento do contrato resultou em um sobrepreço de R$ 8,8 milhões e superfaturamento de R$ 2,9 milhões.

A investigação da PGR revelou nove transferências financeiras entre a construtora e a empresa do irmão do governador, totalizando R$ 1,6 milhão. A Procuradoria afirma que esses recursos, que deveriam ser destinados às obras, foram desviados em favor da família do governador.

De acordo com a PGR, o esquema beneficiou diretamente Gladson Cameli e seus familiares, incluindo o pagamento de parcelas de um apartamento de luxo e de um carro de luxo do governador, além de propina para Eládio Messias Cameli Júnior, irmão de Cameli.

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