Foto: Paula Sampaio/ Cidadeverde.com
Por Paula Sampaio
O Conselho Municipal de Saúde (CMS) protocolou, nesta terça-feira (02), um pedido para a Procuradoria Geral de Justiça do Piauí (PGE-PI) para o Tribunal de Justiça autorizar uma intervenção estadual na saúde de Teresina. O documento foi assinado pelo presidente da entidade Rodrigo Maxwel. Veja documento na íntegra.
“A prefeitura perdeu a capacidade de gerir minimamente a saúde de Teresina. Estamos pedindo pelos acontecimentos dos últimos dias, mas também por tudo que vem acontecendo nos últimos meses, falta de insumos, pagamentos dos servidores, a previsão era dia 29”, declarou.
Quando acionado pela PGE e se a justiça autorizar, o governador Rafael Fonteles (PT) será acionado para nomear um interventor para comandar a saúde na capital em um prazo de 120 dias. Na cidade, os serviços são geridos pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), administrada pelo advogado Ari Ricardo.
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Situação semelhante aconteceu no Mato Grosso com a cidade de Cuiabá.
No documento, o Conselho Municipal de Saúde argumentou ter feito 80 solicitações acerca de informações sobre a regularização de serviços na rede de saúde, sem resultados satisfatórios. O texto relembrou também o corte de energia na sede da FMS, além do fechamento das unidades básicas de saúde por oito dias em um período crítico de aumento de casos de COVID-19.
O conselheiro apontou, levando em conta o cenário, a omissão do presidente da FMS e do prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos) e a iminência de risco à vida da população.
Na avaliação do presidente do conselho municipal, a situação em Teresina é de calamidade. Segundo informações apuradas pelo Cidadeverde.com, parte da alimentação a pacientes teria sido substituída por suco na capital.
“Falta tudo, da medicação até a alimentação adequada para os pacientes. Até os ar-condicionados quebrados, como no HUT, a manutenção não existe. É uma situação de calamidade”, declarou.
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