Ele atribuiu a essas instituições religiosas um papel significativo na transformação social e cultural que, segundo ele, contribuiu para o fortalecimento da direita e o declínio da esquerda no Brasil.
Durante a entrevista, Dirceu ressaltou que as mudanças sociais e culturais decorrentes da ascensão do neopentecostalismo e do fundamentalismo religioso, juntamente com o avanço dos partidos de direita, levaram a um recuo da esquerda, incluindo o PT, resultando em um cenário de polarização.
“Com a emergência do neopentecostalismo e do fundamentalismo religioso, somados ao poder crescente dos partidos de direita, presenciamos uma transformação social e cultural significativa. Isso levou a um retrocesso da esquerda como um todo”, declarou Dirceu.
Além disso, o ex-ministro enfatizou a urgência de uma reestruturação do PT para enfrentar o fortalecimento da direita nesse contexto polarizado. Ele considera essencial que o partido se reposicione como uma força política eficaz.
Dirceu, porém, não mencionou que a polarização observada pode ser em parte atribuída ao próprio PT e seus aliados de esquerda, que utilizam a divisão da sociedade como estratégia para manter sua relevância.
Ele reconhece a crescente vigilância das igrejas e fiéis em relação à política, salientando que eles não são mais facilmente manipulados nem pela esquerda nem pela direita.
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