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O suposto mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, havia sido preso pela Operação Lava Jato em 29 de março de 2017.
Ele foi alvo de mandado de prisão temporária, junto a quatro outros conselheiros, no âmbito de investigação de fraude e corrupção no tribunal. A operação teve como base a delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE, e também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani.
Os conselheiros foram acusados de receber propinas em troca de vista grossa sobre desvios em obras no estado. As vantagens indevidas incluíam uma mesada de 70 mil reais para cada um, que seria paga pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).
Na denúncia do Ministério Público Federal, Brazão foi descrito como a “pessoa que sempre evitou deixar rastros, em relação aos seus contatos e recebimentos ilícitos, buscando justificá-los com eventuais verbas em dinheiro vivo ‘supostamente’ advindas de suas empresas, bem como realizando diversas medidas de contrainteligência, com vistas a dificultar qualquer investigação sobre seus atos”.
Apesar de tudo, Brazão não permaneceu na cadeia. O Superior Tribunal de Justiça revogou em 7 de abril de 2017 a sua prisão e dos demais conselheiros.
O ex-procurado Deltan Dallagnol lembrou esse fato nas redes sociais.
“1 ano antes do brutal homicídio de Marielle, a Lava Jato prendeu o suposto mandante do crime.
Ele foi solto.
Ela poderia estar viva se nossa justiça fosse efetiva.
Enquanto a Lava Jato protegia a sociedade, a esquerda atacava a operação para livrar Lula.”
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