segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Bolsonaro volta a atacar STF e vacinas da covid-19 em entrevista a influencer português; veja vídeo

Estadão

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar a Justiça Eleitoral do País neste sábado, 3. Em entrevista ao influenciador português Sérgio Tavares, Bolsonaro chegou a dizer que o Supremo Tribunal Federal (STF) trabalhou com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em “uma gestão para eleger Lula a qualquer preço”. “Ninguém consegue entender como Lula da Silva venceu as eleições”, afirmou Bolsonaro sobre o pleito de 2022.

Além de insinuar fraude na disputa eleitoral, o ex-presidente insistiu na teoria conspiratória e não comprovada em inquérito de que havia “infiltrados” no ataque aos Três Poderes em 8 de Janeiro de 2023 e voltou a espalhar desinformação sobre a pandemia de covid-19, reiterando posicionamentos anteriores em defesa do “tratamento precoce” e um ceticismo em relação às vacinas contra a doença.

Bolsonaro também comentou sobre a operação de busca e apreensão nos endereços ligados a Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro. O filho do ex-presidente é investigado pela Polícia Federal (PF) pela suspeita de monitorar inimigos políticos por meio de um aparato paralelo de informações instalado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

“São falas bastante preocupantes no sentido de gerar desinformação”, afirma Daniel Pinheiro, professor universitário e pesquisador de Cultura Política da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Para Pinheiro, ter dado as declarações a um veículo de mídia estrangeiro, como o canal do influenciador português, não é salvo-conduto para que as alegações escapem do bojo da Justiça brasileira.

“Qualquer declaração de uma pessoa pública, independentemente do veículo em que esteja e sobretudo um ex-presidente da República, terá um impacto político. Com certeza irá ecoar no Brasil. Hoje em dia, a informação não tem fronteiras, vai chegar no País e vai repercutir. No âmbito jurídico, com certeza vai ser debatido, sobretudo no rol das ações que tramitam nessa temática”, explica Pinheiro.


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