sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Com rara coragem, Pavinatto arrisca o próprio pescoço ao pedir prisão de Moraes

JCO



A viúva e as duas filhas de Cleriston afirmam que o magistrado teria cometido crimes de maus-tratos, abuso de autoridade, tortura qualificada e majorada, além de prevaricação.

Somadas, as penas vão de dez até 31 anos de prisão.

A ação pede que Moraes seja afastado de suas funções no STF, pague uma indenização por danos morais e seja preso. A peça, endereçada ao presidente da corte, Luís Roberto Barroso, é assinada pelo próprio Pavinatto.

Pavinatto afirma que a morte de Clezão "ocorreu em prisão preventiva manifestamente ilegal e sob a inteira responsabilidade" do magistrado.

"Cleriston morreu torturado, porque o ministro Alexandre de Moraes, abusando do seu poder, assumiu, independentemente de ter querido esse resultado morte, o risco dessa morte indigna. Cleriston, provavelmente, ainda estaria vivo e ao lado da sua esposa e das suas duas filhas se gozasse do privilégio de um juiz justo, imparcial, empático e conhecedor do direito", afirma a acusação.

O ex-apresentador da JP ainda vai além:

"A contumaz omissão do Ministro Alexandre de Moraes, portanto, faz com que ele ultrapasse o desvalor impresso pelo legislador no crime de maus-tratos: se a simples exposição a perigo a vida ou a saúde da vítima perfazem o crime de maus-tratos, a insistência nesse sentido somente se explica pelo propósito cruel de causar e perpetuar o padecimento físico, moral e psicológico da vítima, aqui demonstrados de maneira inequívoca", diz ainda.

Com essas ações, Pavinatto colocou o próprio pescoço em risco.

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