sábado, 10 de fevereiro de 2024

“Dias difíceis virão”: Veja linha temporal das declarações de Bolsonaro sobre a operação da PF

Foto: Reprodução.

Mensagens enviadas a apoiadores alertando sobre “dias difíceis”, a saída da residência em Angra dos Reis (RJ) antes da chegada dos agentes da PF e a realização de reformas no imóvel levantaram suspeitas sobre se o ex-presidente Jair Bolsonaro teve acesso a informações privilegiadas sobre as recentes ações da Polícia Federal.

O Que Aconteceu:

21 de janeiro: Bolsonaro expressou preocupação em uma mensagem enviada a apoiadores pelo grupo do Telegram. Quatro dias antes da Polícia Federal iniciar uma operação contra um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Bolsonaro alertou que “as próximas semanas” poderiam ser “decisivas”.

24 de janeiro: O ex-presidente compartilhou a mesma mensagem em outra rede social, manifestando preocupação com o futuro.

25 de janeiro: A PF realizou mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de envolvimento em espionagem ilegal na Abin. Um dos alvos foi o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a agência durante o governo Bolsonaro. Documentos relacionados às operações da agência foram apreendidos em sua residência.


28 de janeiro: Durante uma transmissão ao vivo com seus filhos, Bolsonaro negou a existência de uma “Abin paralela” e defendeu Ramagem. Ele também aproveitou para elogiar o voto impresso e criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

29 de janeiro: Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, foi alvo de uma operação da PF. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em sua residência na Barra da Tijuca e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A PF também realizou buscas em Angra dos Reis, onde o filho de Bolsonaro estava.


Quando a PF chegou à residência de Bolsonaro pela manhã, todos já haviam saído. O ex-presidente e seus filhos afirmaram que saíram para pescar às 5h e ainda não haviam retornado quando os agentes chegaram.

8 de fevereiro: Bolsonaro foi alvo de outra operação da PF, que foi à sua residência em Angra dos Reis para apreender seu passaporte. O documento estava na sede do PL, em Brasília, e foi confiscado. O celular de Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, também foi apreendido.


Outro ponto levantado por opositores é a reforma na residência de Bolsonaro em Angra dos Reis. Segundo uma reportagem da Folha de S. Paulo, o ex-presidente afirmou que reformou o imóvel por receio de que suas contas fossem bloqueadas pelo ministro Alexandre de Morares, do STF. Bolsonaro disse que as obras foram realizadas no final de 2023 e pagas com seu próprio dinheiro.

Posição da Defesa:

A defesa de Bolsonaro criticou a apreensão do passaporte, argumentando que ele sempre esteve à disposição da Justiça. “A medida é absolutamente desnecessária e não atende aos requisitos legais e fáticos para garantir a ordem pública e o regular andamento da investigação, os quais sempre foram respeitados”, declarou em nota divulgada na quinta-feira (8).

Sobre as outras mensagens, o UOL tentou contato com o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, mas não obteve retorno até o momento da publicação da reportagem.

Com informações do UOL.

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