metrópoles - Bruno Bucis
atualizado
O que acontece no Carnaval fica esquecido quando a folia acaba? Não se você tiver contraído a doença do beijo, nome popular da mononucleose.
A mononucleose é uma doença viral contagiosa causada pelo vírus Epstein-Barr. Uma vez adquirido, o vírus nunca é eliminado totalmente do organismo, voltando a se manifestar em eventuais quedas de imunidade.
O contágio ocorre pela troca de fluidos corporais, especialmente a saliva. Segundo o Ministério da Saúde, a primeira infecção costuma ocorrer em adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 25 anos.
“É um vírus extremamente comum na população. Uma vez infectado, você pode transmitir essa doença para o resto da vida”, explica o infectologista Marcelo Ducroquet, professor de Medicina da Universidade Positivo (UP) em São Paulo.
Quais os sintomas?
Os principais sintomas da mononucleose são fraqueza, cansaço, febre, dor de cabeça e no corpo e o aparecimento de placas na garganta.
Estes sintomas são comuns à maioria das doenças infecciosas, mas, no caso da mononucleose, há um aspecto particular: as dores e as infamações são acompanhadas do aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo e do aumento no tamanho dos gânglios, principalmente no pescoço.
É preciso estar atento, já que o aumento dos gânglios pode representar casos mais graves. “Ao perceber sinais como o aumento dos gânglios é preciso ir ao médico, pois pode ocorrer do fígado e baço, que acontecem nos casos mais graves”, afirma o infectologista Josias Oliveira Aragão, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), em São Paulo.
Quais são os casos graves?
Segundo Aragão, a maior parte dos sintomas de mononucleose regride em alguns dias, mas o cansaço físico pode durar semanas e até meses. “Poucos casos precisam de hospitalização e, quando isso acontece, geralmente, é devido a alterações expressivas em exames de fígado ou quadros neurológicos”, completa. Em casos raros, a mononucleose pode levar à ruptura do baço, inflamações cardíacas e comprometimento neurológico.
Tratamento
Não existe um tratamento específico, os cuidados são para mitigar os sintomas. As recomendações geralmente incluem repouso, hidratação adequada, analgésicos para alívio da dor e febre, e, em alguns casos, uso de corticoides para reduzir a inflamação.
“É importante seguir as orientações médicas e evitar o contato próximo com outras pessoas na fase sintomática mais crítica para conter a propagação do vírus”, alerta o infectologista Fernando de Oliveira, coordenador do Hospital São Luiz Morumbi, também em São Paulo.
Prevenção
Para evitar a doença do beijo, a prevenção é evitar contato com pessoas contaminadas, incluindo também o compartilhamento de alimentos, talheres e canudos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário