Paulo Moura - 03/02/2024 09h07 | atualizado em 03/02/2024 09h08
Foi preso na tarde desta sexta-feira (2), em Buenos Aires, capital da Argentina, o contrabandista Diego Hernan Dirísio, considerado o maior traficante de armas da América Latina. O homem foi preso junto com a esposa, Julieta Nardi Aranda, que era fugitiva da Justiça paraguaia. O casal estava foragido desde o fim de 2023.
Dirísio era o principal alvo de uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do Brasil, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, em um esquema que teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão. Apesar de ser cidadão argentino, ele comandava o esquema de tráfico a partir do Paraguai.
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A prisão do contrabandista foi realizada pela Interpol e comunicada ao superintendente da Polícia Federal (PF) na Bahia, delegado Flávio Albergaria, que realizava a operação que desvendou o esquema de tráfico internacional de armas que abastecia facções no Brasil. A diligência que resultou na prisão foi em resposta a uma denúncia anônima apresentada à Divisão de Denúncia de Crimes Federais há alguns dias.
A apuração indicou então que Dirísio comprava milhares de pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de vários fabricantes europeus e, por meio de um esquema que envolvia doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos Estados Unidos, revendia os arsenais para facções do Brasil. Segundo a PF, de novembro de 2019 a maio de 2022, a empresa IAS, de Dirísio, importou 7.720 pistolas da Croácia.
Além disso, a investigação também descobriu a compra e venda de 2.056 fuzis produzidos na República Tcheca e mais de cinco mil rifles, pistolas e revólveres de fabricantes na Turquia. Outras 1.200 pistolas foram importadas de uma fábrica na Eslovênia, totalizando quase 17 mil armas.
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