Paulo Moura - 07/03/2024 09h39 | atualizado em 07/03/2024 10h44
A nova configuração das comissões da Câmara dos Deputados foi favorável ao Partido Liberal (PL) e a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com 19 dos 30 colegiados permanentes da Casa com os líderes definidos, o saldo já traz a presença de parlamentares próximos de Bolsonaro no comando de comissões importantes, como a de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Educação.
Naquela que é considerada a comissão de maior destaque, a CCJ, o cargo de presidente será ocupado durante o próximo ano pela deputada Caroline de Toni (PL-SC). Com a ida da parlamentar para o comando do colegiado, a CCJ tem uma inversão governo-oposição na liderança, já que o antecessor da congressista do PL era o deputado Rui Falcão (PT-SP).
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Outra comissão de destaque que ficará nas mãos do PL é a de Educação, que passará a ser presidida pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar mineiro substituirá Moses Rodrigues (União Brasil-CE) no cargo.
A escolha de Nikolas, por sinal, não foi tão bem recebida por parlamentares da ala mais progressista da Casa.
– O que queremos é que tenha respeito ao conjunto da Educação aqui, senão essa comissão não vai funcionar – disse o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ).
Outro nome próximo de Bolsonaro que vai chefiar um colegiado relevante da Câmara é o deputado Alberto Fraga (PL-DF). Em seu quinto mandato, o congressista assume o comando da Comissão de Segurança Pública, que já era dirigida pelo PL, mas com o deputado Sanderson (PL-RS).
Além dos três, outros dois deputados do Partido Liberal foram eleitos para presidir comissões da Câmara pelo próximo ano. São eles: Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), na Comissão de Esporte; e Pastor Eurico (PL-PE), na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família.
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