sábado, 9 de março de 2024

Paciente morreu no HUT por falta de antibiótico, afirma presidente do Sindicato dos Médicos

Foto: Divulgação/ Simepi

Por Paula Sampaio

O presidente do Sindicato dos Médicos de Teresina (Simepi), Samuel Rêgo, afirmou que um paciente morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), devido à falta de medicamentos. Segundo ele, o antibiótico estava prescrito desde 28 de fevereiro. A primeira dose, no entanto, foi administrada apenas em 6 de março. O paciente faleceu um dia depois na última quinta-feira (07).

O antibiótico em questão, segundo Samuel Rêgo, é a Vancomicina, utilizada no tratamento de infecções bacterianas graves, especialmente aquelas causadas por bactérias resistentes a outros antibióticos.

“Recebemos a triste notícia de um paciente que morreu no HUT por falta de medicamento, a Vancomicina, já estava prescrito desde dia 28 de fevereiro, mas, somente no dia 6 de março, após as graves denúncias veiculadas na mídia é que o paciente recebeu a primeira dose do medicamento, vindo a óbito um dia depois”, declarou.

O presidente do Simepi também apontou que no intervalo de quase uma semana em que não teria tido acesso ao antibiótico, através do atendimento na rede de saúde de Teresina, o paciente também não foi medicado com analgésicos, medicamentos utilizados para aliviar a dor.  

“Nem sequer, recebeu analgésicos para aliviar a sua dor estavam disponíveis para ele”, completou.

Foto: Arquivo Cidadeverde.com

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HUT se manifesta

Procurado pelo Cidadeverde.com, a assessoria do HUT informou, por meio de nota, que em situações em que uma determinada medicação não está disponível no estoque da farmácia de um hospital, o médico responsável pelo paciente pode, em conjunto com uma comissão permanente designada para lidar com essas questões decidir substituir essa medicação por outra que pertença à mesma classe terapêutica e tenha um efeito similar.

Veja abaixo a nota do HUT sobre o caso na integra:

A Diretoria do Hospital de Urgência de Teresina Prof. Zenon Rocha – HUT, vem, através da presente nota se posicionar diante de fatos que têm sido veiculados na mídia.

De saída, esclarecemos que dados sensíveis específicos de qualquer paciente estão resguardados por sigilo médico, de modo que não podem ser divulgados, exceto para o próprio paciente, ou familiares, em caso de impedimento deste.

Todavia, cumpre mencionar que tanto esta diretoria, como a presidência da Fundação Municipal da Saúde, tem se empenhado diuturnamente para garantir que o maior hospital de urgência do Estado permaneça com estoques de medicações e insumos suficientes a atender a crescente demanda dos pacientes.

Informamos ainda que em caso de indisponibilidade pontual de alguma medicação no estoque da farmácia, o médico assistente, com o auxílio de uma comissão permanente constituída com tal fim (Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS), avaliam, de plano, a substituição de tal medicação por outra, de igual classe e efeito similar que se encontre disponível, de modo a garantir o atendimento integral ao paciente. Tal prática corriqueiramente ocorre tanto nesta unidade de saúde, como nos demais hospitais da rede pública e privada.

Pontuamos ainda que o Hospital possui todas as comissões técnicas necessárias para avaliação de qualquer evento adverso ou inconsistências dentro dos processos hospitalares de assistência ao paciente.

Registramos ainda o empenho e brilhantismo da equipe de profissionais que atua nesse hospital, que se dedica a prover o melhor atendimento possível aos pacientes, inobstante o enorme volume de pacientes graves e urgentes que são recebidos diariamente nesta unidade de saúde.

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