domingo, 24 de março de 2024

Sobre prisão dos supostos mandantes do assassinato de Marielle, Marcelo Freixo diz que “crime, polícia e política não se separam no Rio”

Foto: Reprodução/Folha de S. Paulo.

Quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada em 14 de março de 2018, Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, ocupava o cargo de deputado estadual no Rio de Janeiro. Ele foi um dos primeiros a se mobilizar após o crime que vitimou Marielle e o motorista Anderson Gomes, recorrendo às redes sociais para expressar sua opinião sobre as prisões, ocorridas neste domingo, 24, de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Estado.

A operação, batizada de “Murder Inc.”, que investiga os assassinatos de Marielle e Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, foi conduzida pela Polícia Federal com a colaboração da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Segundo comunicado da PF, foram expedidos três mandados de prisão preventiva e doze mandados de busca e apreensão pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio.

“Em 2008, quando fiz a CPI das Milícias, nós escrevemos no relatório que crime, polícia e política não se separam no Rio. 16 anos depois, com o caso da Marielle resolvido, reafirmo a mesma frase”, escreveu Freixo no Twitter. “Um membro do Tribunal de Contas, um vereador (agora deputado) e um chefe da polícia presos envolvidos no assassinato da Marielle.”

Freixo relatou que a primeira pessoa para quem ligou ao saber do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes foi Rivaldo Barbosa. “Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo”, mencionou em sua publicação. “Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro.”


Segundo Freixo, cinco delegados lideraram as investigações do caso Marielle e Anderson. Ele afirma que sempre que as investigações se aproximavam dos autores, os titulares eram substituídos, o que resultou na demora de seis anos para identificar os responsáveis pelo crime. “Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso”, escreveu. “Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam.”

Com informações da Veja.

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