leno.News - 10/04/2024 19h32
Nesta quarta-feira (10), o Brasil ultrapassou os 3 milhões de casos prováveis de dengue. Os dados foram divulgados pelo Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, que também confirmou 1.256 óbitos em decorrência da doença. Além disso, 1 857 mortes estão sob investigação.
De acordo com as informações fornecidas pela pasta, o coeficiente de incidência atual da dengue é de 1.508 casos para cada 100 mil habitantes, marcando a maior epidemia já registrada no País. Esse índice ultrapassa significativamente o limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para considerar uma situação como epidêmica, que é de 300 casos por 100 mil habitantes.
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Além do recorde em número de casos, a quantidade de óbitos também se configura como a maior da história. O recorde anterior aconteceu em 2023, com 1.094 mortes. Já o terceiro ano com maior número foi 2022, com 1.053.
Vale ressaltar que os números reportados pelo Ministério da Saúde muitas vezes não refletem imediatamente a realidade, havendo um intervalo até que estejam totalmente atualizados. Portanto, é provável que o número atual, reportado às 15h37 desta quarta-feira, seja ainda maior.
A Qdenga, vacina contra a dengue fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se do primeiro imunizante de uso amplo contra a doença liberado no país.
Anteriormente, a Anvisa havia aprovado a Dengvaxia, vacina da Sanofi Pasteur contra a dengue, mas que é indicada apenas a quem teve exposição anterior à doença.
Em julho de 2023, a Qdenga começou a ser oferecida pela rede privada no Brasil e, em dezembro do mesmo ano, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se do primeiro País do mundo a disponibilizar o imunizante na rede pública de saúde. Devido ao número limitado de doses, contudo, inicialmente só alguns municípios receberam a vacina para aplicar em crianças e adolescentes.
Como informado em reportagem publicada no início de março pelo Estadão, a procura pela vacina, no entanto, ficou aquém do esperado nessas localidades. Por isso, as doses começaram a ser redistribuídas, chegando a municípios que, de início, não receberiam o imunizante, como a capital paulista.
Vale reforçar que ainda não existe um tratamento específico para a doença. Mas a hidratação adequada é capaz de salvar vidas.
*AE
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