Pouco se comenta sobre o assunto, mas já se sabe que até discussão extremamente ríspida ocorreu envolvendo os dois magistrados.
Parece que a ânsia pelo poder de Moraes tem irritado profundamente o atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os dois já tiveram pelo menos dois confrontos diretos.
No primeiro estava em discussão a questão das sobras eleitorais.
Caso a tese de Moraes prevalecesse, sete deputados federais teriam perdido os seus mandatos.
Barroso teria articulado nos bastidores a mudança de posição do ministro Luiz Fux, que foi decisiva para o resultado do julgamento - o placar acabou em 6 a 5.
Todos foram mantidos, atrapalhando os planos de Moraes.
Barroso ainda impôs uma outra derrota a Moraes.
Em 2022, Moraes apresentou uma tese, que saiu vencedora, para autorizar a revisão mais benéfica para incluir salários antigos, pagos em outras moedas, no cálculo das aposentadorias.
Neste ano, diante da mudança de composição do tribunal, o presidente pautou no plenário um recurso à decisão do ano retrasado e reverteu a regra que havia sido determinada sobre o tema.
Moraes ficou enfurecido com a articulação perpetrada por Barroso. Os dois ministros teriam tido uma duríssima discussão, que começou em plenário e terminou longe das câmeras, mas de forma extremamente áspera.
E nesta terça-feira (16), de maneira indireta, Barroso investiu novamente contra os planos de Moraes.
Consolidou maioria no Conselho Nacional de Justiça para derrubar a decisão de do ministro Luis Felipe Salomão – aliado de Moraes – pelo afastamento da juíza Gabriela Hardt.
Com tantas frentes de briga que Moraes abriu, essa com Barroso pode ser fatal.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista.
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