Pleno.News - 23/04/2024 19h24 | atualizado em 24/04/2024 12h15
O bilionário Elon Musk criticou uma ordem das autoridades australianas para remover um vídeo do esfaqueamento de um líder religioso das redes sociais, argumentando que isso estabelece um precedente perigoso que permite efetivamente que um país controle toda a internet.
A disputa intensificou-se nos últimos dias, depois que comissário de segurança online da Austrália levou a rede social X à Justiça por não ter feito o suficiente para remover o conteúdo, apesar de ter recebido uma notificação formal para o retirar.
Leia também1 Moraes dá 5 dias para X explicar reorganização da milícia digital
2 Elon Musk pergunta quanto custa comprar a TV Globo
3 Bolsonaro homenageia Musk no Rio: "Mito da Liberdade"
4 Elon Musk reage a post sobre ato no Rio e volta a criticar Moraes
5 Nikolas enaltece Musk, mas diz que sua esperança está em Cristo
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, também opinou, argumentando que Musk está lutando pelo direito de exibir vídeos violentos em sua plataforma.
– Esse cara está mostrando sua arrogância. Ele é um bilionário lá nos Estados Unidos que pensa que está acima da lei australiana – disse Albanese.
O incidente começou na noite de 15 de abril, quando o bispo Mar Mari Emmanuel, da Igreja Cristo Bom Pastor, falava em um púlpito durante uma transmissão ao vivo. Um vídeo que circulou online mostrou uma pessoa com um moletom preto caminhando até o bispo e parecendo esfaquear Emmanuel várias vezes, inclusive no rosto. O bispo caiu no chão enquanto os fiéis corriam em seu auxílio.
Desde então, as autoridades acusaram um menino de 16 anos pela agressão e consideraram o incidente um ataque terrorista.
Na noite desta segunda-feira (22), um juiz australiano emitiu uma liminar obrigando X a ocultar o vídeo. No X, Musk disse que a plataforma censurou o conteúdo para usuários australianos e que o conteúdo é armazenado apenas em servidores nos EUA. Ele disse que está preocupado de que um país tenha permissão para censurar conteúdo para todos os países, afirmando ainda ser o que as autoridades australianas procuram. Se assim for, qualquer país poderia controlar toda a internet.
O ministro deu cinco dias para a rede social se manifestar sobre um relatório da Polícia Federal (PF) que aponta que o X permitiu a transmissão de lives por seis perfis bloqueados por decisão judicial.
O prazo vence na próxima sexta-feira (26). No conflito entre Musk e a Justiça brasileira, o empresário ameaçou não cumprir decisões judiciais. Como resposta, Moraes o incluiu no chamado inquérito das milícias digitais.
*AE
Nenhum comentário:
Postar um comentário