Esta crise orçamentária, exacerbada por cortes drásticos, ameaça a continuidade de iniciativas vitais como a construção de submarinos, o desenvolvimento de caças Gripen e a produção de fragatas.
O ministro José Mucio Monteiro, diante de uma situação alarmante, levou suas preocupações à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) no último dia 17 de abril, acompanhado por comandantes das três forças, apontando a urgência de se obter um orçamento previsível para evitar a paralisação desses projetos estratégicos.
Com um investimento em defesa que mal alcança 1,1% do PIB—muito abaixo dos 2,3% da média mundial—, o Brasil continua a negligenciar sua segurança e capacidade de defesa, apesar de ser o maior exportador de produtos de defesa da América do Sul, com exportações que alcançaram US$ 1,4 bilhão em 2023.
Esta discrepância revela não apenas uma falta de comprometimento com a defesa nacional, mas também uma gestão irresponsável que compromete o futuro do país.
Durante a reunião da CREDN, Mucio destacou a importância crítica da aprovação da PEC 55/23, que é essencial para remediar a deficiência financeira das Forças Armadas. Contudo, o ministro também expôs o risco de demissões em massa, especialmente em projetos significativos como os de submarinos e fragatas, ilustrando a grave situação com a frase marcante:
"Estamos com aviadores sem aviões, marinheiros sem navios e soldados sem equipamentos".
Os comandantes das forças corroboraram este sombrio diagnóstico. General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, almirante Marcos Sampaio Olsen e brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno apresentaram um quadro de deterioração de recursos que já não mais atendem às necessidades operacionais, evidenciando a incapacidade do governo atual de garantir a manutenção e modernização necessárias para as operações de defesa do Brasil.
Este cenário desolador não só reflete uma gestão deficiente e uma perigosa falta de visão estratégica por parte do governo de Lula, mas também sinaliza um momento de crise que poderá ter repercussões profundas e duradouras para a segurança nacional. A resposta do governo a esta crise, que até agora parece tímida e inadequada, será decisiva para o futuro da capacidade defensiva do Brasil.
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