domingo, 21 de abril de 2024

Senador afirma sobre o efeito da atitude do STF: "É um assalto, é um roubo, é um acinte, é um tapa na cara do brasileiro"

JCO

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou constitucional a cobrança de contribuição assistencial sindical. A medida admite o retorno do chamado imposto sindical, que havia sido extinto na reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017).

O parlamentar condenou mudanças de posicionamento do STF sobre o assunto, argumentando que as modificações causam insegurança jurídica para empresas e trabalhadores.

"Em 2017, o Supremo disse que era inconstitucional. Agora, por interesse, por estar em conluio com o governo federal, diz que é constitucional. O desafio, agora, é que não houve o que a gente chama de 'modulação'. O Supremo não modulou acerca de prazos, valores e a forma como o empregado pode optar por essa cobrança. Foi, portanto, criado pelo próprio Supremo este cenário que traz insegurança jurídica e a possibilidade de entendimentos conflitantes pelos juízes trabalhistas. 
Na verdade, os sindicatos poderão proceder à cobrança e, como não há essa modulação do Supremo que defina o prazo, o valor e a forma como o empregado pode se opor às negociações ficarão a cargo dos sindicatos."

Plínio ressaltou que o STF foi criado para dar segurança jurídica ao país, mas deixa a população desprotegida ao desrespeitar suas próprias decisões.

"A volta do imposto sindical é um assalto, é um roubo, é um acinte, é um tapa na cara do brasileiro, é um tapa na cara do brasileiro. E nós não podemos mais ficar aceitando essa face e dando a outra. É hora de reagir, é hora de frear o ônibus, de frear o trem, para botar as coisas em seu devido lugar. 
E coisas em seu devido lugar é: 'juiz julga, legislador legisla', nada mais do que isso. Fora disso, é ameaçar a democracia. E eles se dizem guardiões da democracia, defensores, protetores da democracia. A democracia não precisa de proteção. A democracia precisa que você a pratique, que o juiz respeite os legisladores."

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