Segundo os irmãos Ramos, a saída de Trajano está relacionada às repercussões dos problemas decorrentes da aquisição do Kabum pelo Magalu, em junho de 2021, conforme revelou o Metrópoles. Desde o início de 2022, eles contestam judicialmente o negócio, apontando um conflito de interesses entre o Magalu e o Itaú BBA. Eles sustentam que descobriram, através de investigações privadas, que Trajano é cunhado de Machado, o que supostamente influenciou a transação.
Os irmãos argumentam que essa relação próxima entre Trajano e Machado resultou em manobras para sabotar propostas de outros interessados no negócio. A última petição dos Ramos sugere que a demissão de Trajano do conselho do Itaú não é coincidência, dada a exposição dessa relação durante os litígios.
O Itaú Unibanco comentou que a saída de Trajano foi uma decisão do executivo, após ele ter feito importantes contribuições como membro independente do conselho desde 2020, descrevendo a mudança como um procedimento comum em conselhos administrativos. O Magazine Luiza optou por não comentar o caso.
Em relação à venda do Kabum, os ex-donos afirmam que, embora o acordo tenha sido de R$ 3,1 bilhões, apenas R$ 1 bilhão foi pago à vista. O restante foi compensado com ações que perderam 86% de seu valor nos 18 meses subsequentes, o que levou os Ramos a buscar a arbitragem para anular a venda.
Ao longo da disputa, tanto o Itaú BBA quanto o Magalu têm contestado as acusações dos irmãos Ramos.
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