Segundo Waack, os problemas enfrentados pelo país não são apenas econômicos, mas também de natureza política. Ele afirma que o governo criou uma dupla armadilha para si mesmo e ainda não sabe como sair dela.
O jornalista analisa que o Ministério da Fazenda está enfrentando um dilema complexo. Por um lado, precisa cumprir os mínimos constitucionais de gastos em saúde e educação. Por outro, deve lidar com a política de valorização do salário mínimo e seu impacto nos gastos obrigatórios, como previdência e benefícios sociais.
A situação se agrava: em menos de dois anos, os gastos obrigatórios esgotarão todo o orçamento. Isso significa que 100% dos recursos já estão comprometidos. O governo não terá margem para decidir onde alocar verbas. Essa armadilha surgiu de duas frentes distintas.
Waack destaca que a primeira frente é a necessidade de cumprir os mínimos constitucionais em saúde e educação, o que consome uma parte significativa do orçamento. A segunda frente é a política de valorização do salário mínimo, que aumenta os gastos obrigatórios com previdência e benefícios sociais.
Esses dois fatores juntos criam um cenário em que o governo se vê sem opções para ajustar suas despesas. A análise de Waack sugere que o Brasil está em um “beco sem saída”, sem margem de manobra para alocar recursos de forma flexível e eficiente.
O jornalista conclui que, sem uma reforma estrutural significativa, o Brasil continuará a enfrentar dificuldades econômicas e políticas, limitando a capacidade do governo de responder às necessidades do país.
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