segunda-feira, 17 de junho de 2024

Brasil é motivo de desconfiança pelo mundo democrático ao não assinar tratado de paz que prejudica Rússia

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Neste domingo (16.jun.2024), o Brasil optou por não endossar o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia, que apela ao engajamento de todas as partes envolvidas no conflito para alcançar a paz e reitera o apoio à integridade territorial da Ucrânia.


No dia anterior, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva expressou à líder suíça Viola Amherd que o Brasil só entraria nas discussões de paz se Ucrânia e Rússia estivessem ambas presentes na mesa de negociações, argumentando que não se pode resolver um conflito bilateral com apenas uma das partes.

Lula mencionou que, em colaboração com a China, o Brasil propôs uma negociação concreta para resolver a situação, apesar da resistência dos presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin. Ele enfatizou a necessidade de trazer ambos os líderes à mesa para discutir uma solução pacífica.


A cúpula, que ocorreu na Suíça, não contou com consenso entre as 101 delegações presentes. O documento foi assinado por 84 países, mas não pelos membros do Brics, exceto pela Rússia e China que nem enviaram representantes. Outros países como Armênia e México também não assinaram.

O comunicado final ressaltou princípios de soberania e integridade territorial e estabeleceu diretrizes para a segurança nuclear, incluindo a operação segura das instalações nucleares ucranianas.


Por fim, foi relatado que Putin ofereceu um cessar-fogo imediato na Ucrânia se o país concordasse em retirar suas tropas das regiões anexadas por Moscou em 2022 e desistisse de seus planos de adesão à Otan.

Desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem lutado para preservar sua soberania e exige a retirada completa das forças russas de seu território. A capital ucraniana, Kiev, continua firme em seu desejo de se juntar à aliança militar da Otan.


As propostas de paz apresentadas pelo líder russo foram prontamente rejeitadas pela Ucrânia, pelos Estados Unidos e pela Otan, marcando mais de dois anos de conflito desde a incursão russa na Ucrânia.

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