JCO
Adivinhem quem levou?
A empresa ASR Locação de Veículos e Máquinas, uma das 4 suspeitas a vencer o leilão de arroz - agora anulado.
Assim como no Arrozgate, a empresa foi representada pela Bolsa de Mercadorias do Mato Grosso e pela corretora Focus, ambas pertencentes a Robson Luiz Almeida de França, ex-assessor de Geller e sócio de seu filho Marcelo. A ASR, aliás, foi a única concorrente.
O edital é assinado por Pretto e seu diretor de Operações e Abastecimento, o teólogo Thiago José dos Santos, também ex-assessor de Neri Geller.
Com sede em Brasília, a empresa não tem histórico de atuação no comércio de cereais.
Ela pertence a Crispiniano Espíndola Wanderley, sócio de Marcus Holanda, dono do PROS, e de Laylson Augusto de Almeida Campos, ex-assessor do deputado distrital Chico Vigilante (PT).
As 12,7 mil toneladas de arroz foram adquiridas pela Conab a pedido da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional do governo da Bahia.
Na ocasião, Thiago dos Santos ressaltou que se tratava da primeira ação realizada no escopo de um acordo de cooperação técnica entre os órgãos, para "enfrentamento da estiagem no estado baiano".
Este seria apenas o primeiro lote de uma compra estimada em 500 mil toleadas.
"O Leilão pra Você possibilita que a Companhia baiana adquira um produto de qualidade com as melhores negociações em um ambiente seguro, transparente e que oferece visibilidade em todo o território nacional", disse.
Em junho, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) anunciaram a retomada da política de estoques públicos da Conab.
A BMT e a Foco foram abertas um mês antes.
Ao comunicar a anulação do leilão de arroz e a demissão de Geller ontem, Fávaro (PSD) e Teixeira (PT) alegaram que a decisão foi tomada apenas para a revisão de protocolos e que o processo de importação do arroz será retomado em breve. O objetivo seria evitar a participação de empresas com "fragilidades" ou "sem capacidade financeira". Quando questionado pela imprensa sobre quais seriam as empresas "frágeis", o ministro petista reagiu com rispidez:
"Não interessa!"
Talvez interesse à Polícia Federal e ao Ministério Público, ministro.
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