Pleno.News - 01/07/2024 13h27 | atualizado em 01/07/2024 14h33
A Polícia Militar de São Paulo prendeu Leonardo Vinci Alves de Lima, conhecido como Batata, apontado como um dos líderes do crime organizado no estado. O traficante condenado passou quatro anos preso, mas foi colocado em liberdade no ano passado, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A nova prisão se deu no último sábado (29).
A prisão foi efetuada por uma equipe das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) em Mongaguá, no litoral paulista, durante uma confraternização familiar. Junto do procurado, os policiais encontraram dinheiro em espécie e um documento de identidade falsificado.
Leia também1 Vídeo: Comentarista da Jovem Pan chama PCC de "conservador"
2 Estudo: Cocaína pode gerar até R$ 335 bilhões para facções no Brasil
3 Marcola, líder do PCC, consegue redução de pena; entenda!
4 Sob poder do PT há 17 anos, Bahia lidera na taxa de homicídios
5 Quem são os presos ligados ao PCC que foram mortos na prisão
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Batata ocupa função de liderança na organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo responsável por coordenar o tráfico de drogas na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
Em 2020, Batata foi condenado pela Justiça a dez anos de prisão por tráfico de drogas, depois de ser flagrado com 2 quilos de cocaína por policiais militares na Vila Andrade, Zona Sul da capital paulista, no ano anterior. Em junho de 2023, porém, a condenação foi anulada pelo ministro Sebastião Reis Júnior, do STJ, que considerou as provas irregulares.
No entendimento do ministro, a busca pessoal feita pelos policiais que o prenderam foi motivada unicamente pelo nervosismo do suspeito durante a abordagem. Por esse motivo, acabou anulando as provas e mandou soltar o suposto líder do PCC, que cumpria pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior.
Posteriormente, a sexta Turma do STJ decidiu restabelecer a condenação, e Batata passou a ser considerado foragido.
Ele deve ser encaminhado a alguma penitenciária de segurança máxima para cumprir pena. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi procurada, mas não informou se a unidade já foi definida.
O criminoso é um dos 175 acusados no maior processo da história contra o PCC, aberto em 2013 após denúncia do Ministério Público Estadual. Na época, interceptações telefônicas identificaram que Batata atuava como intermediário entre a cúpula da facção e demais chefes em prisões e nas ruas.
Procurada, a defesa de Lima disse que ele é inocente e que a prisão ocorreu fora do horário permitido. O advogado Pedro Andrey Campos Rodrigues também afirma que o documento falso não foi utilizado, e que o suspeito não pode ser responsabilizado penalmente por isso.
*AE
Nenhum comentário:
Postar um comentário