A PF afirma que a ação ocorreu dentro da legalidade.
Mariana Eustáquio afirma ter sido apalpada no órgão genital durante a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF).
A revista, com toques e apalpamentos, ocorreu após nove policiais não conseguirem localizar o celular da adolescente na casa em que ela mora com a mãe, no Lago Sul.
Os advogados da família de Eustáquio entraram com uma representação na Corregedoria da PF cobrando que sejam apurados supostos “abusos” no procedimento.
Os policiais chegaram à residência por volta das 8h. Durante as buscas, não encontraram o telefone da filha de Eustáquio e questionaram a jovem.
Ela alegou “não lembrar” onde havia deixado o celular.
Por volta das 13h, com a casa revirada e ainda sem encontrar o aparelho, os delegados informaram que revistariam a filha de Eustáquio e a sua esposa, Sandra Mara Eustáquio.
A revista pessoal foi feita pela única delegada mulher que participou da operação. Segundo os advogados da família Eustáquio, que acompanharam a abordagem, a adolescente se “assustou” e “deu um pulo” quando foi tocada, por cima da calça, no órgão genital.
Na representação enviada à corregedoria da PF, eles reclamam do procedimento adotado.
“De forma desproporcional, a busca contra uma mulher e uma adolescente foi realizada por 9 (nove) policiais federais, o que não é comum nesses casos, uma vez que a família já passou por sete buscas desde 2020 até a última quarta-feira.
Além da ausência de informações, Sandra e a filha foram coagidas a entregar o passaporte, sob ameaça de cumprimento de imediata prisão preventiva [de Sandra], fato diferente do que diz o mandado entregue depois aos advogados da família.
Diante de tantos abusos ocorridos na ação da Polícia Federal, nosso objetivo com esse documento é solicitar que esta douta corregedoria investigue os nove policiais que participaram da busca por dois motivos: a quantidade desproporcional de policiais na ação com objetivo claro de coação, e a desnecessária revista íntima realizada na jornalista Sandra Eustáquio e em sua filha de 16 anos, inclusive tocando na genitália da jovem.”
O documento é assinado pelos advogados Ricardo Freire Vasconcellos, Taniéli Telles de Camargo e Luiz Felipe Cunha.
Veja o vídeo:
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