segunda-feira, 5 de agosto de 2024

União Europeia também não reconhece resultado da Venezuela e complica ainda mais a situação de Maduro

JCO

A União Europeia afirmou neste domingo (4), que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela, conforme anunciado pela autoridade eleitoral do país.

"Na ausência de evidências de apoio, os resultados publicados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos", declarou o Conselho da União Europeia em um comunicado, pedindo uma "verificação independente" do processo eleitoral.

Para encurralar ainda mais o ditador venezuelano, uma análise feita pela agência internacional Associated Press das atas eleitorais da Venezuela, divulgadas pela oposição, indica que o candidato oposicionista Edmundo González recebeu mais votos na eleição de 28 de julho do que o governo de Nicolás Maduro afirma.

A AP processou quase 24 mil imagens de folhas de contagem, representando 79% das máquinas de votação, e aponta que González obteve 6,89 milhões de votos.

As tabulações também apontam que Maduro recebeu 3,13 milhões de votos das planilhas de contagem divulgadas.

Em contraste, os resultados atualizados pelo Conselho Nacional Eleitoral do governo, publicados na sexta-feira, 2, indicam que, com base em 96,87% das folhas de contagem, Maduro teve 6,4 milhões de votos, e González, 5,3 milhões.

Uma escancarada fraude.

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