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Janones foi indiciado pela PF por corrupção passiva, peculato e associação criminosa, em um esquema relacionado à prática de “rachadinha”. Segundo a investigação, o patrimônio do parlamentar teria crescido de forma desproporcional durante o período investigado, o que levou à recomendação da abertura de um processo.
Uso indevido de cartão e reembolsos ilegítimos
De acordo com a PF, o deputado teria feito gastos de R$ 100,5 mil utilizando um cartão de crédito adicional, emitido em seu nome, mas vinculado à conta bancária de seu ex-assessor. Entre as despesas de Janones, destacam-se R$ 25 mil em móveis e eletrodomésticos, além de R$ 12,2 mil em itens de vestuário. Outras despesas incluíam hospedagem, farmácia, restaurantes, combustível e até assinaturas de serviços, totalizando uma lista variada de compras pessoais.
O ex-assessor afirmou à PF que arcou com quase todas as faturas do cartão usado por Janones. No entanto, o relatório indica que o deputado não teria devolvido o dinheiro ao ex-funcionário. Além disso, parte dessas despesas foi ressarcida pela Câmara dos Deputados, sem que o valor fosse repassado ao servidor.
Duas frentes de benefício ilícito
A PF detalhou que Janones obtinha vantagem financeira em duas frentes: ao usar o dinheiro de seu assessor para cobrir despesas pessoais e ao solicitar o ressarcimento à Câmara por esses mesmos gastos, sem repassar o valor ao ex-assessor.
O portal R7, que divulgou o caso, informou que tentou contato com a defesa de André Janones, mas até o momento da publicação da reportagem, não obteve resposta.
Tudo isso acontece na reta final da campanha eleitoral e deve fatalmente atingir a campanha de Guilherme Boulos, que protegeu Janones e o livrou da cassação na Câmara dos Deputados.
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