quarta-feira, 16 de outubro de 2024

“Lula me decepcionou”: desabafa o ganhador do prêmio Nobel de economia

Foto: UNESCO/Reprodução


Recentemente, o economista turco Daron Acemoglu, notório por sua análise crítica das estruturas econômicas globais, expressou preocupações sobre a crescente influência da China dentro dos BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Acemoglu, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, destacou a necessidade de uma voz independente para os países em desenvolvimento, longe da hegemonia chinesa e norte-americana.

Críticas à Conduta do Brasil

Acemoglu, inicialmente um apoiador das políticas sociais implementadas no início dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, agora demonstra uma visão crítica sobre a atual abordagem do Brasil na política externa. Durante uma entrevista à revista Veja, o economista sublinhou que, embora tenha louvado iniciativas como o Bolsa Família, a nação precisa focar na criação de empregos como um meio de crescimento sustentável.

Desafios dos BRICS na Atual Conjuntura


Segundo Acemoglu, o bloco dos BRICS enfrenta o desafio de se libertar da predominância de interesses chineses e russos. O economista acredita que o bloco corre o risco de se tornar um “cliente” desses dois países, perdendo assim sua capacidade de agência e autonomia. Ele defende que as nações integrantes devem buscar estratégias para fomentar uma economia mais equilibrada e menos dependente de polos econômicos dominantes.

O Papel dos BRICS no Cenário Global

Acemoglu sugere que países como Brasil, Índia, e Indonésia possuem potencial significativo para influenciar o rumo do comércio global, da tecnologia e da inteligência artificial. Ele enfatiza que estas nações deveriam se unir para garantir um impacto positivo e equilibrado no desenvolvimento de tecnologias emergentes e na regulação do mercado global, afastando-se de uma postura subserviente.

O Caminho para o Futuro


O economista conclui que, para transcender a atual bipolaridade econômica mundial, o BRICS precisa assumir um papel mais proativo e menos submisso aos interesses externos. Essa transformação requer a implementação de políticas que promovam a inovação, a independência tecnológica e o fortalecimento das economias locais. Isso contribuirá para um balanço mais justo e equitativo no contexto econômico global.

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