JCO
O mais patético é que esses acordos espúrios as vezes são descumpridos e geram verdadeira crise no sistema apodrecido.
Transcrevemos a matéria do jornalista Eduardo Gayer, publicada no Estadão:
“O Palácio do Planalto se sentiu traído por ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após o desembargador Rogério Favretto, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, ficar de fora da lista tríplice de postulantes à Corte.
Apadrinhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o magistrado seria prontamente indicado se entrasse na lista apresentada pelo STJ, mas não obteve votos suficientes.
O chefe de gabinete do presidente, Marco Aurélio Marcola, articulou por dias votos para Favretto. Em 2018, o desembargador concedeu uma liminar — depois revogada — para soltar Lula da prisão em Curitiba. Apesar da derrota, a avaliação interna no governo é a de que o gaúcho só “bateu na trave” na eleição interna do STJ pela atuação do Planalto, e a “culpa” pelo desfecho é dos ministros que prometeram voto e não entregaram.
Lula tem buscado uma aproximação com ministros do STJ. Em setembro, ele recebeu os integrantes da Corte para um jantar na Granja do Torto, mas evitou fazer campanha aberta para Favretto.
O STJ definiu nesta terça-feira, 15, as duas listas tríplices para escolha dos ministros que vão ocupar duas vagas abertas na Corte. A indicação, entre os nomes relacionados, cabe ao presidente da República.
Na lista tríplice destinada a desembargadores da Justiça Federal, foram eleitos Carlos Pires Brandão, Daniele Maranhão Costa e Marisa Ferreira dos Santos - esta última apoiada pelo presidente da Corte Superior, Hermann Benjamin, como revelou a Coluna do Estadão. Na lista destinada aos procuradores, Sammy Barbosa Lopes, Maria Marluce Caldas Bezerra, e Carlos Frederico Santos.”
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