terça-feira, 12 de novembro de 2024

Nova lei: Projeto propõe restrições ao uso de celulares nas escolas

Recentemente, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados deu um importante passo ao aprovar um projeto de lei que visa limitar o uso de celulares nas escolas de educação básica. A medida incide tanto sobre instituições públicas quanto privadas, estabelecendo regras sobre o uso desses dispositivos durante as atividades escolares e intervalos.


Embora a proposta restrinja o acesso, ela mantém exceções para fins pedagógicos, acessibilidade, inclusão e condições médicas. A discussão evoca uma gama de preocupações quanto ao bem-estar das crianças e a qualidade do ambiente educacional.

Quais são os objetivos do projeto de lei?

Créditos: depositphotos.com / djedzura
Os aparelhos seriam permitidos apenas quando integrados a atividades pedagógicas.
(Créditos: depositphotos.com / djedzura)

Segundo o deputado Diego Garcia, relator do projeto, a principal motivação é proteger os estudantes de conteúdos inapropriados e fomentar um ambiente de aprendizado mais interativo. A proliferação de conteúdos como pornografia, violência e apostas online é uma área de preocupação. O projeto busca também combater a distração que os celulares podem causar em sala de aula.

O parlamentar destaca que crianças pequenas muitas vezes não possuem a maturidade necessária para gerir o uso desses dispositivos de maneira adequada, justificando as restrições propostas para menores de 10 anos.

Por que restringir o uso de celulares por crianças menores de 10 anos?

Estudos apontam diversos riscos associados ao uso indiscriminado de celulares por crianças, especialmente no que diz respeito à exposição a conteúdos impróprios. Abaixo, uma lista desses riscos e impactos:

  • Importância da regulamentação: uma medida para controlar o uso de celulares é considerada prudente para proteger o desenvolvimento emocional e motor das crianças.
  • Exposição a conteúdos impróprios: pode afetar o desenvolvimento emocional e psicológico, comprometendo a capacidade de socialização.
  • Dificuldades na socialização e interação: o contato excessivo com telas pode reduzir a habilidade das crianças de interagir no dia a dia.
  • Impactos nas habilidades motoras: o uso prolongado de dispositivos móveis pode afetar o desenvolvimento de habilidades motoras, especialmente na infância.

Qual é a proposta para alunos mais velhos?

Para estudantes a partir dos 11 anos, o projeto adota uma abordagem distinta. Reconhecendo que alunos de idade mais avançada possuem mais capacidade de autorregulação, o uso de dispositivos é permitido, desde que com finalidade educacional e sob supervisão de um professor. Isso ressalta o potencial das tecnologias como aliadas do aprendizado, quando bem orientadas.

O projeto ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para votação no plenário. Uma vez aprovado, ele precisará ainda passar pela sanção presidencial para tornar-se efetivamente uma lei seguindo o processo legislativo brasileiro.

O que essa legislação significa para o futuro da educação?

Se aprovada, a lei pode redefinir como os dispositivos móveis são integrados no ensino básico, priorizando o desenvolvimento saudável e seguro das crianças. Esta discussão é fundamental para se adequar às novas demandas tecnológicas e educacionais do século XXI.

O desafio será equilibrar o uso responsável dessas ferramentas com a necessidade de proteger os jovens alunos, garantindo que a tecnologia permaneça uma aliada no processo de aprendizagem, sem comprometer a segurança e o bem-estar dos estudantes.

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